Resumo |
Processos de simulação em arquitetura visam emular, por meios computacionais, situações que ocorrem em condições reais, e um dos elementos fundamentais a estes processos são os arquivos climáticos. Tais arquivos, têm a função de emular as condições climáticas reais para garantir que o modelo computacional se aproxime das condições encontradas in situ. Muitos arquivos climáticos para simulação de desempenho energéticos têm sido criados ao longo dos últimos 30 anos, a partir de diferentes métodos estatísticos, mas sempre com bases de dados iguais. O objetivo deste estudo é analisar soluções obtidas processos de otimização baseada em simulação, utilizando parâmetros e restrições semelhantes, mas diferentes formatos de arquivos climáticos. Os formatos TMY, TMY3 e Multianual-3-anos, criados utilizando a mesma base de dados de 10 anos meteorológicos, foram utilizados em processos de otimização a partir de algoritmos genéticos, para dois modelos de edificação: o primeiro, uma edificação artificialmente condicionada, com objetivos de maximizar o indicador de conforto adaptativo da ASHRAE 55 e reduzir o consumo de energia dos sistemas de condicionamento artificial, através do EUI HVAC; o segundo, um edificação condicionada naturalmente, com objetivos de maximizar os indicadores de conforto adaptativo da ASHRAE 55 e a taxa de renovação de ar, e reduzir os indicadores de desempenho Graus-hora de resfriamento e aquecimento. As soluções de Pareto para o formato TMY3, em ambos os modelos, apresentaram a melhor síntese de dados entre todos os casos obtidos, enquanto o formato Multianual cobriu um espectro maior de soluções, sendo assim possível com este formato obter uma variabilidade maior de casos para análise, se assim for a intenção do simulador. Além dos resultados obtidos para as funções objetivos em ambos os modelos, observou-se ainda o padrão adotado pelos parâmetros da maioria das soluções de Pareto, as variáveis de maior impacto foram transmitância das paredes e cobertura, absortância solar das paredes e cobertura, percentual de abertura das fachadas e fator solar das aberturas. |