Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável
21 a 25 de outubro de 2019
Trabalho 12207
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Extensão |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Ciências Humanas |
| Setor | Departamento de Educação |
| Bolsa | PIBEX |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Apoio financeiro | UFV |
| Primeiro autor | Gabriella Fernandes Livino Vieira |
| Orientador | ALESSANDRA BERNARDES FARIA CAMPOS |
| Outros membros | Helane Aparecida Tomaz |
| Título | Ecos do Quilombo: Construindo caminhos para a efetivação da educação escolar quilombola |
| Resumo | INTRODUÇÃO: A educação quilombola é uma conquista recente dos quilombolas. A passos lentos e com grandes desafios, esforços são feitos na efetivação desse direito. O projeto socializado trata de uma dessas experiências de valorização e incentivo à educação quilombola em Viçosa-MG. Intitulado “Ecos do Quilombo”, no projeto realizamos ações na Escola Municipal José Lopes Valente Sobrinho que atende crianças da Comunidade Quilombola do Buieié, grupo majoritário entre os discentes. Tem como objetivos visibilizar a experiência quilombola contemporânea, ampliar o conhecimento sobre história e cultura africana e afro-brasileira, com ênfase sobre os quilombolas, contribuindo para construção de uma identidade e autoimagem quilombolas positivas. A proposta nasceu na Caravana Quilombola em 2018, quando crianças da comunidade partilharam o descompasso da escola com sua realidade. Neste texto apresentamos as ações em curso nesse projeto. OBJETIVO: Apresentar a experiência de construção da educação escolar quilombola na escola supracitada, visando a construção de elementos que contribuam com sua certificação como escola quilombola, efetivando o direito a uma educação que valorize e esteja alinhada com a experiência histórica, social, cultural e identitária quilombola. PRINCIPAIS AÇÕES: Através de contação de histórias, musicalização, brincadeiras, rodas de conversa sobre história, memória, cultura e territórios quilombolas, tocamos positivamente na autoestima e identidade das crianças quilombolas, ampliando as possibilidades de diálogo entre escola e comunidade. A construção das metodologias se dá através de leituras e trocas de experiência envolvendo a educação quilombola e a cultura afrodiaspórica, se valendo e construindo pedagogias libertadoras e afrocentradas. RESULTADOS ATÉ O MOMENTO: As práticas desenvolvidas na escola tem resultado numa mais ampla e melhor compreensão da realidade dos remanescentes de quilombolas. O desvelar das histórias das violências sofridas e da resistência quilombola em linguagem adequada às crianças tem se mostrado um caminho importante na construção de imagens positivas desses sujeitos. A cada encontro observamos como a presença de imagens positivas dos negros e negras, suas histórias, formas de vida e organização para seguirem existindo tem incidido positivamente no olhar que essas crianças tem de si próprias e das outras crianças que partilham a escola com elas. CONCLUSÕES: Os quilombos foram locais de refúgio dos africanos e seus descendentes escravizados. Simbolizam a força, a capacidade de auto-organização e a manutenção da cultura e da vida livre e digna do povo negro. Somado ao racismo, olhares depreciativos ou romantizados sobre os quilombolas estão vivos entre nós. Diante da necessidade de mudança dessa realidade os quilombolas seguem na luta pela sua autoafirmação e por seu digno viver. A escola quilombola é um direito e sua efetivação, além de importante para os quilombolas, o é para toda a sociedade brasileira. |
| Palavras-chave | Quilombola, Educação, Cultura. |
| Forma de apresentação..... | Oral |