Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12188

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Luana Belique Ruy
Orientador RICARDO ILDEFONSO DE CAMPOS
Outros membros Cecília Loren Silva, Dias Campos de Andrade, Glauco Luis do Nascimento Martins, Mariana Leite Ambrosim
Título Efeitos negativos das acículas de Pinus sp. sobre plantas de sub-bosque: um teste de hipótese testando efeitos químicos e físicos
Resumo As espécies de Pinus sp. são consideradas espécies invasoras no Brasil, e foram introduzidas com o objetivo de exploração de madeira. Nos ambientes invadidos, esses indivíduos geram grandes impactos, como a diminuição da frequência e cobertura de plantas de sub-bosque e inibição da germinação de espécies nativas, causada pelos compostos alelopáticos presentes em suas acículas. Por outro lado, não existem informações acerca do efeito dessas acículas sobre outras plantas já desenvolvidas no sub-bosque. É frequente observar que as acículas de Pinus sp. se acumulam sobre as folhas de outras plantas de sub-bosque e além disso, devido ao seu formato de “agulha”, elas frequentemente perfuram essas folhas. A partir disso, o presente trabalho teve como objetivo determinar se existe um efeito negativo das acículas de Pinus sp. sobre outras espécies de plantas já desenvolvidas no sub-bosque. Para isso serão testadas duas hipóteses: 1) existe um efeito físico negativo das acículas de pinus sobre a fotossíntese de plantas de sub-bosque causadas pela perfuração dessas folhas pelas acículas e 2) existe um efeito químico negativo das acículas de pinus sobre a fotossíntese de plantas de sub-bosque promovido pelo efeito alelopático dessas acículas sobre as folhas. Desenvolvemos o presente estudo na trilha dos pesquisadores da Reserva Florestal Mata do Paraíso, localizada no município de Viçosa, Minas Gerais, onde selecionamos 24 indivíduos de uma mesma espécie herbácea (ainda não identificada) presente no sub-bosque da mata exatamente em baixo de indivíduos adultos de Pinus sp.. Selecionamos então 4 indivíduos de dessa espécie de sub-bosque e os dividimos em 6 tratamentos: i) controle (folhas intactas e não manipuladas); ii) folhas perfuradas com pinça, sem extrato e sem água (simulando apenas o efeito físico); iii) folhas perfuradas com pinça e com água (simulando apenas o efeito físico e mais a água como controle do extrato); iv) folhas perfuradas com pinça e com extrato aquoso de acículas de pinus (efeito físico e químico); v) folhas sem furos e com água (apenas o efeito da água) e vi) folhas sem furos e com extrato (apenas o efeito químico). A taxa fotossintética foi medida em todas as 96 folhas (4 por indivíduo) por meio de um Analisador de Gás Infravermelho (IRGA). Observamos que as menores taxas fotossintéticas foram observadas nos tratamentos iv) folhas perfuradas com pinça e com extrato e vi) folhas sem furos e com extrato. Dessa forma, ao contrário da hipótese 1, nossos resultados indicam que o dano físico causado pelas acículas não interfere na taxa de fotossíntese. No entanto, a hipótese 2 foi corroborada ao passo que e o efeito químico alelopático por si só causou um efeito negativo na fotossíntese. Finalmente, acreditamos que apesar do efeito físico da perfuração não influenciar diretamente, o formato das acículas (forma de agulha) pode facilitar que as acículas se prendam nas folhas, exacerbando os efeitos químicos negativos.
Palavras-chave Interação planta-planta, competição, espécies exóticas
Forma de apresentação..... Painel
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