Resumo |
A estimação do crescimento e produção é de suma importância para definir o manejo de povoamentos florestais. Uma forma de quantificar e predizer o crescimento e a produção de povoamentos florestais é com o emprego de modelos de crescimento e produção florestal. Existem modelos em nível de povoamento que fazem essa estimação utilizando variáveis como idade, área basal e índice de local. Há duas abordagens gerais para modelagem e crescimento no caso de povoamentos equiâneos: estratificação máxima e emprego de relações simples ou estratificação mínima e ajuste de modelos com mais variáveis explicativas, além da idade. A aplicação de modelos mais simples é muitas vezes útil, pois permitem o uso de parcelas com poucas ou apenas uma medição. O objetivo do presente estudo foi definir uma abordagem ótima e simples para modelagem de povoamentos de clones de eucalipto localizados no nordeste da Bahia, em diferentes condições de clima e solo. Os dados utilizados neste estudo são oriundos de 1220 parcelas permanentes de Inventário Florestal Contínuo instaladas e medidas em plantios clonais de híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, com idades entre 24 a 96 meses. Os modelos Gompertz, Logístico e Exponencial foram ajustados, utilizando os dados dos projetos agrupados e, posteriormente, para cada projeto, tanto para altura dominante quanto para produção, e avaliados com base nas estatísticas usuais de validação e em análises de resíduos. Além disso, com a alternativa selecionada foram construídas curvas de crescimento e produção e determinada, a partir do máximo Incremente Médio Anual (IMA) médio, a Idade Técnica de Corte (ITC) para cada projeto. Após o ajuste dos modelos e a realização das estatísticas, percebe-se que tanto para altura dominante quanto para produção, todos os ajustes estratificados por projeto resultaram em maior exatidão e consistência. Os valores de IMA variam muito, o maior IMA máximo encontrado foi de 36,9 m³ha-1ano-1 e o menor foi de 16,6 m³ha-1ano-1, ambos aos 60 meses. Sugere-se que esses valores sejam influenciados pela precipitação pluviométrica anual. A ITC na área de estudo varia de 36 a 60 meses, sendo menor nos sítios de maior capacidade produtiva. A partir dos resultados obtidos, concluiu-se que quanto mais os dados são estratificados, maior será a exatidão da prognose. O melhor modelo para estimar a produção em função da idade foi o modelo de Gompertz. Além disso, nos projetos com baixa produtividade, é melhor estimar a produção com modelos com a variável altura dominante. |