Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12173

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Química
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Victoria Vitoi Policiano Fonsêca
Orientador LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA
Outros membros Alan Stampini Benhame de Castro, Hauster Maximiler Campos de Paula, Yara Luiza Coelho
Título Determinação dos parâmetros cinéticos e termodinâmicos da interação Lactoferrina e Azure B
Resumo A interação presente na formação de complexos proteína-corante pode intensificar e/ou modular as propriedades funcionais presentes nos corantes. Diante disso, é necessário compreender o mecanismo dessa interação de modo que seja possível, posteriormente, verificar sua aplicabilidade. Em especial, o corante fenotiazínico Azure B (AZB) possui funções farmacológicas e quimioterápicas. Porém, é desconhecido na literatura o mecanismo de ação deste. E, com o intuito de elucidá-lo propusemos o estudo da interação do AZB com a proteína Lactoferrina Bovina (LF).
Nesse trabalho, os parâmetros termodinâmicos e cinéticos da formação do complexo entre a Lactoferrina e o Azure B foram investigados pelas técnicas Espectroscopia de Fluorescência (EF) e Ressonância Plasmônica de Superfície (RPS).
Para determinação dos parâmetros termodinâmicos pelos experimentos de fluorescência foram realizadas titulações consecutivas de AZB (0 – 48,4µM) em uma solução de LFB (20 µM), ambas preparadas em tampão pH 7,4. Os espectros de fluorescência foram obtidos nos comprimentos de onda entre 296 e 500 nm, em 6 diferentes temperaturas (283,15; 293,15; 298,15; 303,15; 313,15; 323,15 K), onde o comprimento de onda de excitação dos grupos fluorófulos foi 295 nm.
Para determinação dos parâmetros cinéticos e termodinâmicos utilizou-se a técnica RPS. A Lactoferrina foi imobilizada em um chip metálico CM5, onde em sua superfície passa-se uma solução em fluxo que contem o parceiro de ligação AZB. A medida que essa solução corre em fluxo, os parceiros da ligação vão interagindo e o equipamento fornece uma resposta a essas associação em Unidades de Ressonância (RU). Quando esse sistema atinge um equilíbrio metaestável, cessa-se a passagem da solução corante e inicia-se a passagem de uma solução tamponante para que a resposta do equipamento retorne a linha base. Esse procedimento foi realizado variando de 1-13 µM a concentração do corante em fluxo.
Os resultados obtidos pela EF nos permite inferir que a razão de proporcionalidade entre parceiros de ligação é 1 e a constante de ligação (Kb) é da ordem de 10-4 M-1. Pelas duas técnicas obtivemos ΔG°<0, ΔH°>0 e TΔS°>0, mostrando que o processo de formação do complexo LF-AZB é espontâneo, entalpicamente desfavorável e entropicamente dirigido.
Os experimentos de RPS também permitem o estudo cinético da interação entres as moléculas, onde foi determinado as constantes de associação (Ka) e de dissociação (Kd) e a energia de ativação tanto para o processo de associação (Eact(a)) quanto para o de dissociação (Eact(d)). Para Ka obteve-se valores entre 1,35 – 3,33 104M-1s-1 e para Kd obteve-se valores entre 0,148 – 0,175 s-1, já a Eact(a)= 39,9 kJ mol-1 e a Eact(d)= 7,87 kJ mol-1.
Com esse estudo foi possível compreender as forças motrizes que regem o processo de formação do complexo entre a LF e o AZB, assim como seu mecanismo, possibilitando assim as possíveis aplicações futuras.
Palavras-chave Interação, Proteína, Corante
Forma de apresentação..... Oral
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