ISSN | 2237-9045 |
---|---|
Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Exatas e Tecnológicas |
Área temática | Ciências Exatas e da Terra |
Setor | Departamento de Química |
Bolsa | PIBIC/CNPq |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros |
Primeiro autor | Victoria Vitoi Policiano Fonsêca |
Orientador | LUIS HENRIQUE MENDES DA SILVA |
Outros membros | Alan Stampini Benhame de Castro, Hauster Maximiler Campos de Paula, Yara Luiza Coelho |
Título | Determinação dos parâmetros cinéticos e termodinâmicos da interação Lactoferrina e Azure B |
Resumo | A interação presente na formação de complexos proteína-corante pode intensificar e/ou modular as propriedades funcionais presentes nos corantes. Diante disso, é necessário compreender o mecanismo dessa interação de modo que seja possível, posteriormente, verificar sua aplicabilidade. Em especial, o corante fenotiazínico Azure B (AZB) possui funções farmacológicas e quimioterápicas. Porém, é desconhecido na literatura o mecanismo de ação deste. E, com o intuito de elucidá-lo propusemos o estudo da interação do AZB com a proteína Lactoferrina Bovina (LF). Nesse trabalho, os parâmetros termodinâmicos e cinéticos da formação do complexo entre a Lactoferrina e o Azure B foram investigados pelas técnicas Espectroscopia de Fluorescência (EF) e Ressonância Plasmônica de Superfície (RPS). Para determinação dos parâmetros termodinâmicos pelos experimentos de fluorescência foram realizadas titulações consecutivas de AZB (0 – 48,4µM) em uma solução de LFB (20 µM), ambas preparadas em tampão pH 7,4. Os espectros de fluorescência foram obtidos nos comprimentos de onda entre 296 e 500 nm, em 6 diferentes temperaturas (283,15; 293,15; 298,15; 303,15; 313,15; 323,15 K), onde o comprimento de onda de excitação dos grupos fluorófulos foi 295 nm. Para determinação dos parâmetros cinéticos e termodinâmicos utilizou-se a técnica RPS. A Lactoferrina foi imobilizada em um chip metálico CM5, onde em sua superfície passa-se uma solução em fluxo que contem o parceiro de ligação AZB. A medida que essa solução corre em fluxo, os parceiros da ligação vão interagindo e o equipamento fornece uma resposta a essas associação em Unidades de Ressonância (RU). Quando esse sistema atinge um equilíbrio metaestável, cessa-se a passagem da solução corante e inicia-se a passagem de uma solução tamponante para que a resposta do equipamento retorne a linha base. Esse procedimento foi realizado variando de 1-13 µM a concentração do corante em fluxo. Os resultados obtidos pela EF nos permite inferir que a razão de proporcionalidade entre parceiros de ligação é 1 e a constante de ligação (Kb) é da ordem de 10-4 M-1. Pelas duas técnicas obtivemos ΔG°<0, ΔH°>0 e TΔS°>0, mostrando que o processo de formação do complexo LF-AZB é espontâneo, entalpicamente desfavorável e entropicamente dirigido. Os experimentos de RPS também permitem o estudo cinético da interação entres as moléculas, onde foi determinado as constantes de associação (Ka) e de dissociação (Kd) e a energia de ativação tanto para o processo de associação (Eact(a)) quanto para o de dissociação (Eact(d)). Para Ka obteve-se valores entre 1,35 – 3,33 104M-1s-1 e para Kd obteve-se valores entre 0,148 – 0,175 s-1, já a Eact(a)= 39,9 kJ mol-1 e a Eact(d)= 7,87 kJ mol-1. Com esse estudo foi possível compreender as forças motrizes que regem o processo de formação do complexo entre a LF e o AZB, assim como seu mecanismo, possibilitando assim as possíveis aplicações futuras. |
Palavras-chave | Interação, Proteína, Corante |
Forma de apresentação..... | Oral |