Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12142

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Lavínia Aparecida Martin
Orientador GABRIELA PICCOLO MAITAN ALFENAS
Outros membros Danilo Lemes Canettieri, Débora Cristina Pimentel, Maria Cecilia Brangioni de Paula, Maria Eduarda Almeida Pinto
Título Purificação parcial e caracterização bioquímica de endoglucanase produzida pelo fungo Pycnoporus sanguineus
Resumo As enzimas são importantes catalisadores nos sistemas biológicos. As celulases são as enzimas responsáveis pela degradação de celulose, polissacarídeo constituinte da parede celular vegetal, e podem ser subdivididas em três grupos: endoglucanases, exoglucanases e β-glicosidases. Celulases são aplicadas nas indústrias como aditivos em rações animais, na área têxtil, de alimentos, e na obtenção de etanol de segunda geração. Encontradas em diversos organismos, são geralmente obtidas em laboratório por fungos. Este trabalho objetivou analisar a atividade de endoglucanase produzida pelo fungo Pycnoporus sanguineus PF-2. Para esse fim, discos miceliais do fungo P. sanguineus mantido em meio BDA (Batata Dextrose Ágar) foram transferidos diretamente para meios líquidos contendo fontes indutoras, íons para suplementação e extrato de levedura. Para o crescimento do fungo, utilizou-se como fonte de carbono farelo de trigo e farelo de arroz, ambos obtidos comercialmente. Após o crescimento do fungo por 14 dias a 28 ºC, sob agitação a 150 rpm, a atividade de endoglucanase do extrato bruto foi medida utilizando o substrato carboximetilcelulose (CMC 1,25% m/v) pelo método do ácido 3,5-dinitrosalicílico. Glicose foi empregada para construção da curva padrão. Concomitantemente ao teste de atividade foi feita a dosagem proteica. No processo de purificação enzimática, foram empregadas as metodologias de precipitação com sulfato de amônio 40 % e a cromatografia de troca iônica. A confirmação da purificação da endoglucanase foi feita por gel de poliacrilamida 12%. Por fim, a enzima foi caracterizada bioquimicamente quanto à temperatura ótima (30 a 70°C), termoestabilidade (50 e 60 ºC), pH ótimo (4 a 7), estabilidade ao pH (3 a 8) e efeito de íons. Os resultados demonstraram que o farelo de trigo foi a fonte de carbono que induziu a maior produção de endoglucanase. Após a purificação parcial, a atividade específica da enzima aumentou 20 vezes em relação ao extrato bruto. A enzima apresentou atividade ótima a 50 ºC e manteve sua atividade por 24h nesta temperatura. A 60 ºC houve decaimento da atividade em 1h. A enzima apresentou atividade máxima no pH 4 e a exposição aos valores de pH 3 e 4 aumentaram a atividade enzimática após ensaio de atividade em pH 5. A exposição da endoglucanase a MnSO4, MgCl2, CaCl2 e AgNO3 na concentração de 0,01 mM aumentou consideravelmente a atividade enzimática. Conclui-se que a purificação parcial da endoglucanase do fungo P. sanguineus apresentou alto fator de rendimento em apenas dois passos de purificação. Observou-se ainda alta termoestabilidade da enzima em sua temperatura ótima, podendo sua atividade ser acrescida diante da exposição a baixas concentrações de alguns íons. Estas características são de grande importância para a aplicação das enzimas no setor industrial.
Palavras-chave enzimas, endoglucanase, Pycnoporus sanguineus
Forma de apresentação..... Oral
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