Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12141

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de Educação
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gabriela Cunha Barbosa
Orientador ARTHUR MEUCCI
Título Peixes​ ​fora​ d'água:​ ​a​ luta​ ​pelo​ reconhecimento​ ​entre​ ​os​ idosos​ ​que​ ​estudam​ ​na Universidade​ ​Federal​ ​de​ ​Viçosa
Resumo O potencial envelhecimento da população brasileira aumenta a necessidade de se desenvolver projetos e políticas que visem o bem-estar e saúde desse grupo, e a educação é um dos campos que se destaca para o estímulo à inclusão de idosos. Assim, o projeto teve como finalidade estudar os fenômenos de inclusão e desrespeito entre os estudantes idosos regularmente matriculados nos cursos de graduação da Universidade Federal de Viçosa. A pesquisa utiliza como referencial teórico-metodológico os Estudos Críticos do Discurso proposto por Teun​ ​A.​ ​Van​ ​Djik​ ​e​ ​as​ ​teorias​ ​de​ ​Axel​ ​Honneth​ ​sobre​ ​a​ ​gramática​ ​moral​ ​do​ ​reconhecimento. O objeto de pesquisa foram os discursos de 6 idosos graduandos deste campus sobre a relação entre eles e a Universidade, com o propósito de identificar os principais desafios para uma política de inclusão de idosos nos cursos de graduação da Universidade Federal de Viçosa. Entendemos que a visão estritamente utilitária da educação universitária, como um meio para a conquista de melhores postos no mercado de trabalho, bem como a associação do estudo como obrigação e não como atividade prazerosa, faz com que os idosos que pensam contra essa maré de ideias, sintam-se “peixes fora d’água”, tanto no meio universitário (pelo menos inicialmente), quanto em seus círculos sociais externos. Os idosos geram estranhamento ao escolherem frequentar um ambiente de universidade, reflexo de uma cultura que não vê o idoso como capaz de ocupar certas funções sociais, já que estaria destinado ao descanso, à atividades passivas, como ver televisão, e ao cuidado das gerações mais novas da família. Além disso, foram constatadas inadequações da Universidade com a lei 10.741/2003, como: adaptação física em alguns espaços, com a instalação de rampas e elevadores; adaptação de metodologias quando incluem tecnologias atuais, como o uso de email; e situações de desrespeito dentro dos círculos sociais internos e externos à Instituição. Ainda foi identificado que, apesar da Universidade possuir programas inclusivos e facilitadores, como a Unidade Interdisciplinar de Políticas Inclusivas (UPI), parte dos idosos entrevistados se sentiam desamparados por não conhecerem a sua existência. Dessa forma, sugere-se que a UFV busque se adequar à lei 10.741/2003, apoiando a criação de uma universidade aberta para a terceira idade, fornecendo as adaptações necessárias e estimulando a inclusão da discussão de temas que envolvem o envelhecimento nos currículos dos cursos.
Palavras-chave ​Gerontologia Educacional, Luta por Reconhecimento, Ética na Educação.
Forma de apresentação..... Oral
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