Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12001

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Gabriele Corrêa da Rocha
Orientador MARIA GORETI DE ALMEIDA OLIVEIRA
Outros membros Fabrício Rainha Ribeiro, João Vitor Aguilar de Oliveira, Neilier Rodrigues da Silva Júnior, Samuel Lessa Barbosa
Título Cultivares de soja resistentes induzindo diferentes respostas bioquímicas de defesa em Anticarsia gemmatalis
Resumo Entre os fatores limitantes na produção da soja têm-se a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818), um inseto que é capaz de causar injúria desde a sua emergência até a maturação fisiológica. Sabe-se que as plantas têm diferentes mecanismos de defesa e, dependendo do sistema de resistência utilizado, pode haver interferências negativas sobre o desenvolvimento dos insetos. Com base nisso, inibidores de protease (IP) têm sido um alvo promissor de defesa das plantas a insetos. Acredita-se que os IP produzidos frente ao ataque de insetos herbívoros inibem proteases digestivas no intestino de larvas, limitando a disponibilidade de aminoácidos da dieta e, consequentemente, afetando a síntese de proteínas necessárias para desenvolvimento dos insetos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito dos cultivares de soja com diferentes padrões de resistência à insetos sobre o perfil enzimático do intestino médio de A. gemmatalis. Lagartas de 4º e 5º ínstar foram alimentadas com folhas de soja, no estágio V3, de quatro cultivares com diferentes graus de resistência a insetos (IAC-17, IAC-18, IAC-19, IAC-24) e uma suscetível (IAC PL-1). Após a injúria do inseto à planta, foi obtido o extrato enzimático do intestino médio das lagartas para determinar a concentração de proteína e as atividades proteásica, amidásica, esterásica e cisteíno protease. Observou-se que no decorrer do tempo de ataque das lagartas, a atividade proteolítica decresceu significativamente. A cultivar IAC-19 foi a que apresentou diminuição mais acentuada desta atividade. A atividade amidásica não deferiu na variável tempo. Entretanto, a interação cultivar versus tempo apresentou diferença significativa. Nas cultivares IAC-17 e 18 foi observada uma diminuição da atividade amidásica com o passar do tempo de injúria do inseto, diferentemente do verificado na IAC-19. Já para as lagartas alimentadas com as cultivares IAC-24 e IAC-PL-1 foi observada uma similaridade na atividade amidásica do intestino dessa praga, no qual a atividade se manteve constante durante todo o período de injúria. Foi verificada diferença significativa para a atividade esterásica em relação à variável tempo, fato esse não observado para interação cultivar versus tempo. No tempo de 24 h houve aumento na atividade esterásica do intestino das lagartas alimentadas com as diferentes cultivares. Já no período de 48 h verificou-se aumento significativo na atividade esterásica. A atividade cisteíno protease no intestino das lagartas alimentadas com as cinco cultivares testadas, tanto em relação ao tempo quanto entre as cultivares, não apresentou diferença estatística. Conclui-se que determinados cultivares de soja afetam a atividade das enzimas digestivas de A. gemmatalis, apresentando fatores antinutricionais para as fazes jovens, podendo influenciar de forma negativa no seu ciclo biológico.
Palavras-chave Interaçâo planta-inseto, enzimas, inibidores de proteases
Forma de apresentação..... Painel
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