Resumo |
O cálcio é o elemento principal dos ossos e da casca, sendo que a casca dos ovos contém cerca de 96-98% de carbonato de cálcio, em termos de massa, e isto corresponde a cerca de 2 gramas de cálcio. O útero da poedeira não armazena cálcio, portanto, a fonte imediata deste mineral para a formação da casca é o sangue. O cálcio presente no sangue é adquirido através da dieta e também pode ser mobilizado dos ossos. A relação cálcio: fósforo nas cinzas de ossos contêm cerca de 25% de cálcio e 12% de fósforo, o que explica em partes o porquê das recomendações de relações similares (2:1) de cálcio e fósforo na dieta de aves. O objetivo com essa pesquisa foi avaliar a digestibilidade de cálcio de diferentes alimentos para galinhas poedeiras com 40 semanas de idade. Foram utilizadas 240 galinhas poedeiras de 40 semanas de idade, da linhagem Lohmann Brown. O experimento foi conduzido no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, no setor de avicultura. Os animais foram distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com 5 tratamentos (duas rações basais, sendo uma para avaliação da perda de Ca endógeno e dois tipos de granulometria de calcário), 8 repetições de seis aves por unidade experimental. As aves foram alojadas em gaiolas em sala de metabolismo, onde permaneceram por um período de 10 dias, sendo cinco dias de adaptação às gaiolas e às rações experimentais, e 5 dias de coleta de excretas. A determinação da digestibilidade foi realizada ás 40 semanas de idade. Os alimentos avaliados foram fosfato bicálcico ,calcário calcítico de granulometria fina e calcário calcítico de granulometria grossa. Foram utilizadas duas rações basais as quais foram suplementadas com aminoácidos industriais. A ração basal A, foi a base de sabugo de milho e amido, com baixa em nutrientes e contendo 0,0% de cálcio total e fósforo disponível, para a avaliação de perda endógena, e a ração basal B continha 0,11% de cálcio total e 0,09% de fósforo disponível, onde os alimentos calcário calcítico e fosfato bicálcico substituíram ao amido da ração basal B em 6,08% e 2% respectivamente. Foi determinado o consumo de alimento (g), matéria seca das rações e excretas (%), o consumo de cálcio total (%), cálcio excretado (%). Estes dados foram utilizados para obtenção dos valores dos coeficientes de digestibilidade aparente (CDAp) e verdadeira (CDCav) de cálcio das rações e dos alimentos, onde o tratamento que possuía calcário de granulometria fina, grossa e fosfato bicálcico obtiveram o CDAp do Ca de 96,8, 48,7, 119,9% e CDCav de 62,3, 47,9 e 84,9% respectivamente. Os valores de CDAp e CDCav das rações onde foram incluídos os calcários fino e grosso e fosfato bicálcico foram, respectivamente, 79,3, 49,3, 87,6% e 81,6, 53,1 e 96,1%. Sendo assim, conclui-se que o calcário calcítico de granulometria fina e o fosfato bicálcico apresentaram maiores valores de digestibilidade do Ca. |