Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11990

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Drielly Reis Expedito
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Sirley Adriana Ortiz Bedoya
Título Identificação dos colágenos I e III na pele de equinos tratada com a terapia regenerativa plasma rico em plaquetas: picrosírius red e reticulina.
Resumo A espécie equina apresenta elevada frequência de feridas cutâneas que podem, inclusive, originar tecido de granulação exuberante. Portanto, estudos são constantemente realizados para tentar otimizar a cicatrização. O plasma rico em plaquetas e pobre em leucócitos (PRP-PL) é uma terapia que vem sendo estudada. A sua utilização tem por finalidade não apenas acelerar o processo de cicatrização, mas também que o tecido formado seja o mais semelhante possível ao fisiológico. A matriz extracelular cutânea possui vários colágenos, sendo o tipo I, o mais frequente. O tipo III (COL III) é um essencial durante o processo cicatricial. O objetivo desse estudo foi quantificar o COL III, utilizado as técnicas de coloração picrosirius red (PR) e Reticulina (R), de forma a verificar a eficácia das mesmas. Foram utilizadas amostras de pele da região glútea de ambos os membros pélvicos de cinco animais, que foram lesionadas cirurgicamente e tratadas ou não (controle) com PRP-PL. A primeira amostra foi obtida com bisturi, e as demais (14 e 37 a 39 dias) com Punch de 6 mm. O material foi processado como de rotina, e os cortes feitos com 3 µm de espessura. As lâminas foram coradas com PR e R. O COL III foi quantificado por morfometria. Para isso, foram obtidas, aleatoriamente, seis fotomicrografias em objetiva de 20x. As imagens foram colocadas sob gradícula com 352 interseções. O valor médio do COL III antes do início do tratamento foi de 71,75±20,87 (R) e 60,4±7,23 (PR). Nas amostras obtidas aos 14 dias, o valor para pele tratada foi de 119,5±23,42 (R) e 72,8 ±3,27 (PR). Surpreendentemente, no grupo controle, os valores foram maiores (120±30,5 - R e 74,2±10,42 – PR) após duas semanas de induzida a lesão, o que revela que a elevação do colágeno ocorre independentemente do tratamento. Quando a ferida se encontrava clinicamente fechada foram obtidos, respectivamente valores de 109,5±21,89 (R) e 59,8±15,73 (PR) e de 125,8 ±14,52 (R) e 54,4 ±10,76 (PR), para grupo tratado e controle. Conforme imaginado, a coloração reticulina é realmente mais eficaz na detecção do COL III, quando comparada com a picrosirius red. O aumento da quantidade de colágeno aos 14 dias, com posterior, discreta redução na ferida tratada, é um aspecto interessante, mostrando que existe uma estabilização da quantidade desse colágeno, o que é desejável. O mesmo foi observado, sem diferença estatística, quando foi realizada expressão gênica nos mesmos animais utilizados no presente estudo. Entretanto, é importante destacar que, fisiologicamente, a resposta pode ser semelhante, conforme demonstrado nessa pesquisa. Prévios estudos revelaram que o fechamento de feridas cutâneas pode ser mais rápido em grupos não tratados, porém, histologicamente, o tecido é de pior qualidade. Esse é um aspecto a ser investigado, preferencialmente, utilizando amostras após o fechamento macroscópico da ferida, pois a remodelação pode permanecer por meses.
Palavras-chave Cavalos, lesão cutânea, histoquímica
Forma de apresentação..... Oral
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