Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11977

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Renner Philipe Rodrigues Carvalho
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Eliziária Cardoso dos Santos, IZABEL REGINA DOS SANTOS COSTA MALDONADO, Luiz Carlos Maia Ladeira, Luiz Otavio Guimaraes Ervilha
Título Efeitos do chá verde (Camellia sinensis) sobre parâmetros reprodutivos testiculares de ratos induzidos ao diabetes tipo 1
Resumo Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica caracterizada por hiperglicemia devido a produção insuficiente de insulina pelo pâncreas. Esta doença compromete a qualidade de vida dos pacientes por causar disfunções em diversos sistemas biológicos. No aparelho reprodutor masculino, por exemplo, a diabetes causa diminuição do peso testicular, alterações histopatológicas e morfométricas neste tecido, bem como alterações em parâmetros epididimários e das glândulas anexas. Sabe-se que o chá verde é uma bebida que contém compostos fenólicos com potente efeito protetor no fígado e coração em ratos diabéticos. Não se sabe, no entanto, se este efeito protetor atinge órgãos reprodutivos masculinos nestes animais. Neste sentido, no presente estudo, objetivou-se avaliar os efeitos do chá verde em parâmetros testiculares de ratos diabéticos induzidos experimentalmente. Dos 18 ratos Wistar (40 dias) usados neste estudo, 12 animais tiveram o DM1 induzido por dose única de estreptozotocina (60mg/Kg/ip). Após 2 dias da aplicação, todos os 12 ratos apresentaram glicemia de jejum acima de 250mg/dL e, portanto, foram considerados diabéticos. Estes foram divididos em dois grupos (n = 6/grupo): controle diabético (D) e diabético tratado com chá (DVC) recebendo 100mg/Kg de infusão de chá verde. Os outros 6 animais não-diabéticos compuseram o grupo controle (C). O chá foi administrado por gavagem, enquanto os animais C receberam água em igual volume (0,6 mL). Após 42 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados (CEUA/UFV nº 53/2018), sendo os testículos removidos, pesados, fixados e processados para inclusão em resina. Foram mensurados com auxílio do software Image ProPlus: diâmetros tubulares e a altura do epitélio dos túbulos seminíferos, além do diâmetro nuclear das células de Leydig. Os dados foram comparados por Teste t de Student não pareado entre os grupos C x D e D x DCV (P = 0,05). Os testículos de animais diabéticos apresentaram redução de peso (0,720 ± 0,30g) em comparação com testículos de ratos controle (1,506 ± 0,14g) (P < 0,05). Além disso, houve redução de altura do epitélio e diâmetro tubular em animais diabéticos (66,14 ± 4,2µm e 230,13 ± 7,65µm, respectivamente) em relação aos controles (80,57 ± 11,8µm e 275,00 ± 28,11µm, respectivamente) (P < 0,05). Finalmente, o diabetes reduziu o diâmetro nuclear das células de Leydig (C= 6,81 ± 0,27 µm; D= 6,05 ± 0,37 µm) (P < 0,05). Por outro lado, a ingestão de chá verde reduziu o impacto da doença em animais diabéticos tratados com chá verde, considerando os parâmetros altura média do epitélio (70,45 ± 4,4 µm), diâmetro tubular (244,55 ± 8,61µm) e diâmetro nuclear das células de Leydig (6,53 ± 0,29 µm). O peso testicular, entretanto, não alterou entre os grupos diabéticos (P > 0,05). Concluímos que o chá verde foi capaz de alterar positivamente parâmetros testiculares previamente alterados pela diabetes.
Palavras-chave Diabetes mellitus, Chá Verde, Reprodução
Forma de apresentação..... Painel
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