Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11969

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Solos
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Ana Marcia Tresinari Xavier
Orientador EMANUELLE MERCES BARROS SOARES
Outros membros Igor Miranda Zaneti, Jefferson Fialho Corrêa, Jônatas Pedro da Silva, Rafael da Silva Teixeira
Título Alterações no pH de solos incubados com diferentes residuos orgânicos
Resumo A matéria orgânica presente no solo apresenta importância significativa nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. No entanto, durante a decomposição de resíduos orgânicos presentes sobre o solo poderá ocorrer produção de ácidos orgânicos promovendo a diminuição do pH do solo, o qual não é benéfico para as plantas (atividade de Al3+ e indisponibilidade de nutrientes). Desta forma, o objetivo desse estudo foi avaliar as alterações no pH do solo durante a decomposição de diferentes coberturas vegetais (leguminosas, oleaginosa e espécie florestal) em associação com o Milheto (Pennisetumglaucum (L.) R. Br.).Esse estudo foi realizado adotando um esquema fatorial 2x7x4, onde, i) foi referente a presença ou ausência de resíduo C4 oriundo do milheto, ii) foram dispostas seis coberturas vegetais de espécie C3: Crotalária (Crotalariajuncea), Feijão de Porco (Canavaliaensiformis), Girassol (Helianthusannuus), Mix (Eucalipto + Crotalária), Eucalipto (Eucalyptus), Mucuna (Mucunapruriens) e um controle sem resíduo, iii) avaliados em quatro tempos 0, 0,08, 0,25 e 0,41 ano após a incubação. Os tratamentos foram dispostos em blocos casualizados com quatro repetições. As amostras de solo (70 g) e de material vegetal (10 g) foram incubadas em recipientes de 500ml, sendo mantida a mesma proporção de cada resíduo em função do tratamento. Foi realizada a caracterização bioquímica e química do material vegetal. No solo foi realizado a caracterização química. O pH em água foi mensurado em cada tempo de avaliação. Com os dados obtidos ao longo do período de incubação, foi possível realizar regressão desses dados adotando o modelo cúbico para expressar o comportamento do pH ao longo do tempo no solo incubado em função dos tratamentos a esse imposto. O pH inicial do solo foi de 3,68, e ao longo do período de incubação, pode-se perceber certa estabilidade nos valores encontrados. Logo no tempo 0,08 ano pode-se perceber aumento significativo em todos os tratamentos, com destaque no tratamento contendo apenas o feijão de porco que apresentou valor de pH igual a 6,57. No tempo 0,25 os tratamentos solteiros apresentaram decréscimo no valor de pH, com exceção do solo com resíduos de girassol (pH de 7,18). Enquanto nos solos com milheto, a diminuição ocorreu com a mucuna, crotalária e com o eucalipto que apresentou o menor valor (4,92). No último tempo, de 0,41 ano pode-se observar o aumento no valor de pH em todos os tratamentos, com destaque para o girassol e para o feijão de porco tanto no tratamento solteiro (7,23 e 6,65, respectivamente) quanto na associação com o milheto (6,85 e 6,69, respectivamente), e para o milheto solteiro de 6,35. Para a utilização desses resíduos como adubação verde, o presente estudo mostra que a associação com o milheto, por se decompor mais lentamente e devido à sua relação C/N maior que das plantas associadas, tende a aumentar o pH do solo ao longo do tempo, apresentando-se na faixa ideal para cultivo no solo.
Palavras-chave matéria orgânica, ph do solo, incubação
Forma de apresentação..... Painel
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