Resumo |
Este projeto é continuação de anos de esforço por um processo de ensino-aprendizagem mais efetivo, liderado pelo orientador dessa proposta, o Prof. Carlos Frankl Sperber, junto à disciplina BIO 131 – Ecologia Básica. Desde o ano de 2000, os professores do Setor de Ecologia do Departamento de Biologia Geral (DBG) da UFV inseriram nas aulas da disciplina pedagogias de aprendizagem ativa e cooperativa. Este trabalho foi iniciado em 2015, quando culminou na publicação de uma comunicação no II Congresso de Inovação e Metodologias de Ensino intitulado “Avaliando Eficiência de Estratégias Alternativas no Ensino de Ecologia”, onde as estratégias foram avaliadas somente a partir das impressões dos alunos, para este trabalho acrescentamos uma avaliação das estratégias a partir da sua contribuição para as notas em prova e comparamos com os resultados anteriores. O objetivo foi avaliar a eficiência da aprendizagem ativa em ecologia, comparando o ponto de vista do aluno (resposta a questionário anônimo) com suas notas em exames formais. Testamos a eficácia de estratégias de aprendizagem ativas relacionadas ao comportamento do professor, tarefas em grupo na sala de aula, tarefas onlines e em grupo extra-classe e os efeitos das características do aluno. Para a nota formal, testamos a eficácia do esforço (número de atividades realizadas) e do desempenho (nota) do aluno nas tarefas. Também testamos os efeitos das estratégias de aprendizado ativo na integração autoavaliada pelos alunos. A aprendizagem autoavaliada do aluno aumentou com todas as estratégias de aprendizagem ativas, o que foi corroborado pelos resultados das notas nos exames formais. As notas do exame revelaram um aumento assintótico da aprendizagem com o desempenho e o esforço do aluno em tarefas de aprendizagem ativas, com a única exceção de que o desempenho nas tarefas em grupos na sala não foi significativo. Todas as estratégias de aprendizado ativo aumentaram a integração do aluno e o desempenho autoavaliado fora do curso. Também detectamos um efeito independente da formação básica no ensino médio e uma interação do estudo prévio do aluno com a eficácia do comportamento mediador do professor. Mostramos que a percepção do aluno estima com precisão a eficácia do professor como mediador no processo ensino aprendizagem, mas essa precisão desaparece com baixo estudo prévio. A percepção do aluno sobre a eficácia da aprendizagem depende do estudo prévio: enquanto a eficácia do comportamento do professor aumenta com o estudo prévio, para os alunos que não estudam anteriormente, os estímulos do professor não são eficazes na promoção da aprendizagem. Portanto, o estudo prévio do aluno deve estar associado ao estímulo do professor, porque ambos os processos funcionam em sinergia. Como um todo, nosso estudo destaca o trabalho sinérgico geral de diferentes estratégias de aprendizado ativo, o esforço individual do aluno, a aprendizagem cooperativa do aluno e o comportamento do professor. |