Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11893

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Laura Beatriz Assis Teixeira
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Klisman Oliveira, Tamara Braga dos Santos, Thaynara Pereira Albuquerque, Vitória Galinari Tôrres
Título Avaliação da Influência do Gradiente do Terreno no Desenvolvimento Inicial de Espécies Florestais Nativas em Plantios de Neutralização, aos 4,42 anos
Resumo Uma das maneiras de compensar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) da atmosfera é a realização de plantios mistos de espécies nativas. Através da fotossíntese, a planta absorve CO2 atmosférico e incorpora carbono à sua biomassa, durante seu crescimento. Esse crescimento sofre influência de diversos fatores, como o gradiente do terreno. O objetivo foi avaliar a influência dos diferentes gradientes do terreno no desenvolvimento e na estocagem de carbono de espécies nativas em um plantio de neutralização, aos 4,42 anos. A área do estudo é um plantio misto realizado em 2014, localizada no Espaço Aberto de Eventos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), no município de Viçosa, Minas Gerais. A topografia do local é acentuada e o clima é do tipo Cwa. Foram plantadas 324 mudas de 18 espécies, com o espaçamento de 2m x 2m. O terreno foi estratificado em três gradientes: terço superior (TS), terço médio (TM) e terço inferior com início de baixada (TIB). Cada terço é composto por 6 linhas experimentais e cada linha possui 18 mudas de espécies diferentes. Os dados de inventário foram coletados com o uso de fita milimetrada para o diâmetro a altura do solo (DAS) e vara graduada para a altura (H). O estoque de carbono dos indivíduos foi calculado através da equação Cij= [0,000353 x (DAS1,202424) x (H0,781883)], (R2 ajustado= 82,12%) e a conversão para CO2 foi feita pela multiplicação do fator (44/12), referente à conversão entre os pesos moleculares do CO2 e C. A partir destes dados foram obtidos os incrementos médios anuais em altura (IMAH=(ΣHj/Ni)/I), em diâmetro (IMAD=(ΣDASj/Ni)/I) e em estocagem de CO2 (IMACO2=(ΣCO2j/Ni)/I), onde Ni corresponde ao número de indivíduos vivos por espécie em cada gradiente e I é a idade do plantio em anos. O TS foi o gradiente de desenvolvimento intermediário e menor taxa de sobrevivência (IMAD=20,18 mm.ano-1, IMAH=69,95 cm.ano-1, IMACO2=9,10 kg.ano-1, S=42,59%). O TM foi o de menor desenvolvimento e taxa de sobrevivência intermediária (IMAD=12,85 mm.ano-1, IMAH=43,76 cm.ano-1, IMACO2=3,30 kg.ano-1, S=47,22%) e o TIB obteve o melhor desenvolvimento e maior taxa de sobrevivência (IMAD=22,14 mm.ano-1, IMAH=84,31 cm.ano-1, IMACO2=9,78 kg.ano-1, S=50%). Isto ocorre em função de fatores pedológicos, como a lixiviação que acarreta a retirada de nutrientes dos terços de maior declividade para o terço de menor declividade e o maior acúmulo de água e matéria orgânica nas porções mais baixas do terreno. Portanto, o grau de declividade do terreno influencia diretamente no desenvolvimento dos indivíduos arbóreos e, consequentemente, na estocagem de carbono.
Palavras-chave Mudanças Climáticas, Gradiente, Topossequência
Forma de apresentação..... Painel
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