Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11892

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Solos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Pedro Candido Batista
Orientador IVO RIBEIRO DA SILVA
Outros membros Ana Paula Mendes Teixeira, Letícia Cristina Freitas Silva, Natal Roberto de Castro Junior, Pedro Paulo de Carvalho Teixeira
Título Efeito da presença de raízes e resíduos de parte aérea de eucalipto na respiração do solo
Resumo As emissões de CO2 do solo (ou respiração do solo) constituem na maior fonte de carbono (C) para a atmosfera. A respiração do solo pode ser descrita como uma combinação da respiração das raízes e microrganismos, e é controlada por fatores bióticos e abióticos, como o clima, atividade radicular e a presença de resíduos de parte aérea. O entendimento das interações dos resíduos de parte aérea e as raízes na respiração do solo é essencial para a compreensão das transformações do C nos ecossistemas florestais. O objetivo deste trabalho foi avaliar como as raízes e os resíduos de parte aérea influenciam a respiração do solo em uma floresta de eucalipto.
O estudo foi conduzido em uma plantação comercial de eucalipto em Telêmaco Borba - PR. A área experimental está a 920 m de altitude, apresenta clima do tipo Cfb (Köppen) e solo classificado como Latossolo Vermelho distrófico. O experimento foi instalado em delineamento em blocos ao acaso em esquema de parcela subdivida, com três repetições. Ao nível de parcela, testou-se 4 tratamentos de resíduo de parte aérea: (i) Remoção completa do resíduo (R0); (ii) Somente resíduo de serapilheira (R1); (iii) Resíduo de colheita completo sem casca (R2); (iv) Resíduo de colheita completo com casca (R3). Ao nível de subparcela foi avaliada o efeito da presença/ausência de raízes a partir da tratamentos de exclusão (“trenching”). A respiração do solo foi determinada a partir de metodologia da câmara estática 25 meses após o plantio (abril de 2019). Coletou-se amostras sequenciais da atmosfera gasosa do interior da câmara nos intervalos de 0, 10, 20 e 40 min. A amostras foram analisadas por meio do equipamento Cavity ring-down spectrometer (CRDS) para obtenção a concentração de CO2 (ppm) e dos fluxos de CO2 (µg m-2s-1). Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e a diferença entre as médias foi avaliada com o teste LSD (5%).
Não foi observada interação entre as variáveis estudadas. Entretanto, houve diferença significativa na respiração do solo para os efeitos principais de resíduo de parte aérea e presença/ausência de raízes. A ausência de raízes resultou na redução da respiração do solo em 33%, independentemente do tratamento de resíduo de parte aérea. Ao contrário do esperado, o aumento da quantidade de resíduo de parte aérea não resultou maiores taxas de respiração do solo. O tratamento R1 (serapilheira da rotação anterior) apresentou uma taxa de respiração do solo maior que os tratamentos R2 e R3. A presença de resíduos de parte aérea sobre o solo pode alterar as suas condições microclimáticas, como umidade e temperatura, influenciando a atividade microbiana. A maior quantidade de resíduo pode ter resultado no aumento da umidade do solo, ocasionando na redução da respiração do solo nesses tratamentos. Com os resultados obtidos, pode-se dizer que a respiração do solo aumenta na presença de raízes independente da quantidade de resíduo sobre o solo.
Palavras-chave emissão de gases do solo, resíduos de colheita, umidade do solo
Forma de apresentação..... Painel
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