Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11883

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Werônica Célia Starlino Dias
Orientador JOSE EDUARDO SERRAO
Outros membros Geisyane Franco da Luz Teixeira
Título Barreiras primárias de defesa em operárias de Apis mellifera (Apidae: Apini) de diferentes idades e funções na colônia
Resumo A abelha eussocial Apis mellifera Linnaeus (Apidae: Apini) realiza importante serviço ecossistêmico como um polinizador de culturas e vegetações nativas. Elas estabelecem colônias nas quais as tarefas são divididas em castas e o ambiente é controlado e mantido em condições adequadas à sua sobrevivência. Em um ambiente constantemente perturbado por agrotóxicos e outros fatores estressantes, o declínio da população de abelhas tem chamado a atenção da comunidade científica. O conhecimento da morfologia e fisiologia destes insetos contribui para a tomada de decisões acerca de sua conservação. As abelhas da casta das operárias se expõem de modo diferente à patógenos por realizar tarefas externas ou internas à colônia conforme a idade. Desta forma, é possível que a resposta imune inata expressa nas barreiras primárias de defesa seja diferente entre elas. A cutícula corporal e a matriz peritrófica do intestino médio constituem barreiras primárias de defesa e, nos insetos, suas composições podem variar como mecanismo de defesa. Este trabalho comparou quantidades de melanina na cutícula e de quitina na matriz peritrófica em operárias adultas de A. mellifera de diferentes idades e execução de tarefas na colônia. Amostras de intestino médio e de cutícula de tergito abdominal foram obtidas de três minicolônias e identificadas quanto às atividades na colônia (nutridora ou campeira) e idade (usando marcação com um ponto de tinta no tórax). Os dados foram verificados via teste de Shapiro-Wilk e comparados através de Análise de Variância (α=0,05). Quantidade de melanina em secções da cutícula coradas com Fontana-Masson foi maior em operárias campeiras do que em nutridoras (F1,35=20,90; P<0,0001; média±SE: nutridoras=87,61±5,8; campeiras=65,4±5,7; nnutridoras=20 abelhas; ncampeiras=21 abelhas). Quantidade de quitina na matriz peritrófica em secções dos intestinos médios marcadas por WGA-FITC foi similar entre nutridoras e campeiras (F1,15 = 0.49, P = 0,5; média±SE: nutridoras=30,27±3,57; campeiras=32,33±3,57; nnutridoras= 10 abelhas; ncampeiras=11 abelhas). Essa similaridade indica que em A. mellifera a resposta imune inata exercida pela matriz peritrófica contra patógenos não difere entre os estágios de desenvolvimento. No entanto, a diferença de quantidade de melanina na cutícula evidencia a aquisição gradual deste pigmento no tegumento de abelhas adultas de A. mellifera e corrobora a hipótese de diferenças na resposta dessa barreira primária contra os desafios do ambiente conforme a idade e função da operária adulta. Dessa forma, as colônias podem ficar vulneráveis quando operárias mais novas são precocemente expostas aos maiores riscos de infecção advindos do trabalho como campeira. Esses resultados contribuem para o manejo e desenvolvimento de estratégias de conservação dessa espécie.
Palavras-chave imunidade inata, matriz peritrófica, cutícula
Forma de apresentação..... Painel
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