Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11840

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Victor Hugo Rabelo de Carvalho
Orientador LUKIYA SILVA CAMPOS FAVARATO
Outros membros Bianca Amorim Gomide, Osmar Dias Ferraz Júnior, Rebecca Anne Arrant, Vanessa Guedes Pereira
Título Metadona isolada ou associada à ropivacaína por via epidural: efeitos clínicos, comportamentais e antinociceptivos em equinos
Resumo A analgesia epidural caudal é indicada para as afecções álgicas agudas, bem como, para o controle da dor crônica, no entanto, alguns fármacos podem causar importantes efeitos colaterais em equinos devido às particularidades anatômicas, fisiológicas e comportamentais da espécie. Objetivou-se avaliar a extensão da antinocicepção promovida pela administração da metadona e da associação ropivacaína-metadona e os efeitos clínicos e comportamentais em equinos. Nove equinos (324 ± 29 kg), que receberam aleatoriamente 0,1 mg/kg de metadona + 0,02 mL/kg de NaCl 0,9% (Grupo M) e 0,15 mg/kg de ropivacaína + 0,1 mg/kg de metadona (Grupo RM), por meio de cateter epidural inserido no espaço sacrocaudal e direcionado 10 cm cranialmente. Avaliou-se frequência cardíaca (batimentos/minuto), frequência respiratória (movimentos/minuto) e pressão arterial sistólica (mmHg), por meio do doppler vascular com manguito posicionado na base da cauda. Utilizou-se escalas numéricas para a avaliação da motilidade intestinal (escores de 0-5), comportamento e sedação (escores de 0-3) e ataxia (escores de 0-4). O limiar nociceptivo mecânico (LNM) foi avaliado utilizando-se o algômetro de pressão (ponta de 1 cm2), aplicado perpendicularmente sobre o processo espinhoso da segunda vértebra sacral, terceira vértebra lombar e décima vértebra torácica, até a resposta positiva identificada pela ventroflexão da coluna vertebral do animal. Os parâmetros foram avaliados no momento basal e 30, 60, 120, 180 e 240 minutos após a injeção epidural. Realizou-se ANOVA para medidas repetidas seguida pelo teste de Dunnet para as variáveis paramétricas e teste de Friedman seguido de Tukey para os dados não paramétricos. O grupo RM apresentou maiores escores de ataxia (1,25) diferindo-se de M (0,5) 30 minutos após a epidural e apresentou aumento de frequência respiratória aos 240 minutos (23 ± 8) em comparação ao basal (17 ±9) (p < 0,05). Já o grupo M, apresentou maiores escores de sedação em T2 (1,6) diferindo-se significativamente de T0 e T5 (ambos escore 1,0). Os valores basais do LNM (mediana) foram 12,8 kgf/cm2, 13 kgf/cm2 e 13,1 kgf/cm2 para a região torácica, lombar e sacral, respectivamente. Na região torácica o grupo RM apresentou mediana de 14,66 kgf/cm2 (14,40–15,80), diferindo significativamente de M aos 180 minutos, cuja mediana foi 12,30 kgf/cm2 (12,00–14,60). Na região lombar o grupo RM apresentou 14,83 kgf/cm2 (14,26–16,80), diferindo significativamente de M aos 240 minutos, cuja mediana foi de 13,66 kgf/cm2 (11,93–14,60). Na região sacral, o grupo RM apresentou aumento significativo do LNM em todos os tempos de avaliação após o basal. Conclui-se que os tratamentos avaliados não promovem alterações significativas sobre a motilidade intestinal, função cardiovascular e respiratória. O uso da metadona pode sedação, no entanto, a associação com a ropivacaína promove antinocicepção mais extensa, atingindo regiões sacrais, lombares e torácicas em equinos.
Palavras-chave analgesia, antinocicepção, opioides
Forma de apresentação..... Oral
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