Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11836

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Isabela Pereira da Silva Bento
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Cláudia Ferreira Souza, John Lennon de Paiva Coimbra, Luiz Otavio Guimaraes Ervilha
Título Efeito da toxicidade do arsênio na histomorfometria do coração de ratos Wistar
Resumo O arsênio (As) é amplamente utilizado na produção de vidros, ligas metálicas e defensivos agrícolas. Além de contaminação em atividades ocupacionais, o arsênio pode naturalmente ser encontrado no solo e água, sendo esta última a principal fonte de exposição humana ao metaloide. A toxicidade do As vem sendo vinculada à produção de espécies reativas ao oxigênio, já que a interação destes com as células causa danos estruturais significativos, como lesões ao DNA e danos a proteínas e lipídeos. O coração é o órgão fundamental para a distribuição de sangue pelo corpo. Essa distribuição acontece por movimentos de contração-relaxamento de suas células denominadas cardiomiócitos. Não se sabe se a exposição ao As pode causar alterações em tais células que, ao final, prejudicariam a distribuição sanguínea com comprometimento ao funcionamento do corpo. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da toxicidade do As em parâmetros morfológicos e estruturais do coração através de análises morfométricas. Foram usados 15 ratos Wistar machos adultos com 70 dias. Os animais foram divididos aleatoriamente em 3 grupos experimentais (n = 5/grupo): Grupo controle, Grupo As1 com animais tratados com solução de arsenito de sódio a 1 mg/L, e ratos do Grupo As10 tratados com solução de arsenito de sódio a 10 mg/L. O arsênio foi ministrado através da água, sendo o seu consumo avaliado diariamente. Após 56 dias de experimento, os animais foram pesados e eutanasiados (CEUA n 81/2018), e os corações foram dissecados, pesados e fixados em paraformoldeído 4% por 24h. Após a fixação, os órgãos foram processados para inclusão em parafina. Cortes histológicos de 5 µm foram corados com hematoxilina e eosina e destinados às análises morfométricas. Os dados foram analisados estatisticamente pelo programa GraphPad Prism 6.0. Não houve diferença entre os grupos experimentais para o peso do coração (C = 1,442 ± 0,067g; As1 = 1,481 ± 0,051g; As10 As2 = 1,402 ± 0,043g; P > 0,05). Entretanto, o percentual de cardiomiócitos reduziu nos ratos As2 (70,17 ± 1,597%) em relação aos animais controle (83,9 ± 1,707%) e As1 (79,71 ± 1,203%; P < 0.0001). A região intersticial, por outro lado, aumentou em animais expostos ao arsênio, especialmente os do grupo As2 (As1= 19,55 ± 1,198%; As2= 28,74 ± 1,467%) quando comparado aos animais controle (14,25 ± 1,937%) (P < 0.0001). A proporção de vasos sanguíneos em animais expostos ao arsênio (As1= 0,7396 ± 0,1601%; As2= 1,094 ± 0,147 %) reduziu em relação aos animais controle (1,851 ± 0,269%) (P < 0,0060), sem diferença significativa entre os grupos As. Pode-se concluir que a exposição ao arsênio nas concentrações de 1 e 10 mg/L alterou parâmetros morfométricos do coração sem alterar o peso do órgão.
Palavras-chave Arsênio, cardiomiócitos, toxicidade
Forma de apresentação..... Painel
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