Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11821

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Física
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor José Maria Caquito Junior
Orientador MARCIO SANTOS ROCHA
Outros membros Leandro de Oliveira
Título Análise dos efeitos de compostos de platina sobre a molécula de DNA através de espectroscopia de força
Resumo Os compostos de platina são um tipo comum de fármacos usados em quimioterapias, porém eles
ainda possuem sérias limitações no seu uso, como sua toxicidade e a resistência que alguns tumores
adquirem. Vários compostos já foram sintetizados com o objetivo de superar tais dificuldades, mas
até a agora apenas a Cisplatina (primeira a ser descoberta), a Carboplatina e a Oxaliplatina foram
aprovadas para uso clínico. O método de ação desses compostos é semelhante, eles se ligam ao
DNA das células cancerosas e impedem sua replicação e transcrição levando à morte celular. Por
isso, para que seja possível desenvolver novas opções no tratamento do câncer é de suma
importância compreender como essas substâncias interagem com o DNA. Neste trabalho
caracterizamos a interação Oxaliplatina-DNA através de pinçamento óptico, e comparamos os
resultados com aqueles obtidos para a Cisplatina e Carboplatina em outros trabalhos. As amostras
utilizadas nos experimentos consistem em solução aquosa de DNA e microesferas de poliestireno
com 1.5μm de raio, e são preparadas de forma que uma das extremidades do DNA fique adsorvida a
lamínula de vidro do porta amostra enquanto a outra extremidade fica ligada a uma das
microesferas. Em seguida as amostras são colocadas em um microscópio onde, usando um laser
focalizado por sua objetiva, é possível capturar uma microesfera. Com o auxílio de um estagio
piezoelétrico os experimentos de estiramento do DNA são realizados. A seguir variamos a
concentração de ligante na amostra e repetimos os estiramentos para cada concentração. Os
experimentos foram realizados utilizando duas concentrações iônicas diferentes [Na] = 150 mM e
[Na] = 1 mM, e dois regimes de força, entrópico e entálpico. A partir dos dados obtidos pelos
experimentos, conseguimos levantar curvas de força por extensão e, com auxílio do modelo WLC,
conseguimos extrair os parâmetros mecânicos do sistema (comprimento de persistência e
comprimento de contorno). A análise do comportamento desses parâmetros em diferentes
concentrações permitiu inferir parâmetros físico-químicos da reação (constante de ligação e grau de
cooperatividade). Os resultados obtidos mostram que a reatividade da Oxaliplatina é similar à da
Cisplatina em ambas as forças iônicas. Além disso, através dos experimentos de forças altas
pudemos analisar a dinâmica da interação e mostramos que a oxaliplatina demora um tempo ~0.5h
para formar diaductos, similar ao que ocorre com a Cisplatina.
Palavras-chave Compostos de platina, DNA, Quimioterapia
Forma de apresentação..... Painel
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