Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11815

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Talita Oliveira Maciel Fontes
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros Andressa Brito Damaceno , Arthur Neves Passos, João Paulo Lara Alves, JOSE DE OLIVEIRA PINTO, MARCEL FERREIRA BASTOS AVANZA, Nathalia dos Santos Rosse, Rachel de Andrade Tavares, Thiago Augusto Teles de Souza
Título Bezerra persistentemente infectada para diarreia viral bovina (BVD) e infectada para rinotraqueíte infecciosa (IBR): relato de caso
Resumo A diarreia viral bovina (BVD) é uma doença causada por um vírus que pertence à família flaviriridae, gênero pestivirus, e tem grande impacto na atividade leiteira. Uma vez instalada no rebanho, ela causa abortos, natimortos, má formação fetal, absorção embrionária e ocasionalmente pode levar os animais a um quadro de imunossupressão. Outros sinais clínicos incluem erosões na mucosa oral, febre, diarreia, dermatite, edema de membros, lesões de córnea e ulcerativas. Há duas formas de apresentação da doença: animais que são transitoriamente infectados e animais persistentemente infectados (PI). Animais PI são aqueles oriundos de mães que tiveram contato com o vírus entre 40 e 120 dias de gestação. Nesta fase o sistema imune não está totalmente desenvolvido e pode desencadear o surgimento de animais imunotolerantes, que não produzem anticorpos contra a doença. Estes animais normalmente não são detectados pelos testes sorológicos rotineiros, sendo por isso fontes importantes de transmissão e responsáveis pela manutenção do vírus no rebanho. O objetivo deste resumo é relatar o caso de um bovino PI para BDV e infectado para rinotraqueíte infecciosa (IBR). Foi atendida no hospital veterinário de grandes animais da Universidade Federal de Viçosa (UFV) uma fêmea bovina de 1,5 anos de idade e com o histórico de apatia, diarreia, prostração, apetite seletivo, claudicação, perda de peso e lacrimejamento, sendo que todas as tentativas de tratamento na propriedade seguiram sem melhora do quadro clínico. O animal nasceu na propriedade e o rebanho não possui calendário vacinal sanitário. Ao exame clínico foram constatados os mesmos sinais relatados anteriormente e imediatamente iniciou-se o tratamento com antibióticos e anti-inflamatórios, além de casqueamento curativo das lesões podais, uso de colírios, reposição eletrolítica e demais cuidados de enfermagem e bem estar. Com base na observação do animal, na resposta lenta aos tratamentos, sem resultados satisfatórios, suspeitou-se de ser um animal PI. Objetivando essa confirmação, deu-se inicio a uma investigação sorológica, por meio de testes para detecção de anticorpos para leucose, leptospirose, BDV e IBR, sendo que o animal foi positivo apenas no teste para a IBR. Entretanto, na sorologia para demonstração da presença de antígeno para BVD o animal foi considerado reagente, ou seja, o vírus está presente em seu organismo mas ele não produz anticorpos contra ele, caracterizando assim tratar-se de um animal PI, confirmando a suspeita clínica. Por tratar-se de um agravo sem expectativa de cura, o animal foi reencaminhado ao veterinário responsável pelo rebanho, juntamento com resultados sorológicos, para tomar as decisões cabíveis sobre o destino do mesmo. Uma vez identificados, recomenda-se que animais PI devam ser descartados, pois compreendem a maior fonte de disseminação do vírus no rebanho, além de estarem sempre predispostos a infecções secundárias que acarretam gastos adicionais sem retorno econômico.
Palavras-chave BVD, IBR, PERSISTENTEMENTE INFECTADO
Forma de apresentação..... Oral
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