Outros membros |
Arthur Neves Passos, João Paulo Lara Alves, JOSE DE OLIVEIRA PINTO, MARCEL FERREIRA BASTOS AVANZA, Nathalia dos Santos Rosse, Rachel de Andrade Tavares, Talita Oliveira Maciel Fontes, Thiago Augusto Teles de Souza |
Resumo |
A ingestão involuntária de corpos estranhos, presentes acidentalmente no alimento que é oferecido no cocho aos ruminantes, tem alta prevalência na espécie bovina. A baixa sensibilidade na mucosa conjugal dos órgãos gustativos, aliado a alta queratinização do epitélio oral, viabiliza que objetos metálicos sejam ingeridos e depositados dentro do rúmen e retículo. Distúrbios bioquímicos, como deficiência em fósforo e cálcio podem exacerbar o comportamento do animal à alotriofagia. O manejo e as instalações que os animais habitam, são um fator importante nessa casuística. Ambientes mal inspecionados, de pouca manutenção, tendem a ter índices mais elevados de Síndrome por Corpo Estranho (SCE). A SCE é uma enfermidade inflamatória, muitas vezes infecciosa, que ocorre devido a um trauma por perfurocortante, induzido pelos próprios movimentos dos pré-estômagos contra a parede do retículo, rúmen e demais estruturas adjacentes. Apresentando patologias como lesões de nervo vago, reticulites, peritonites, pericardites, pleuropneumonias, abscessos, infecções localizadas e septicemias. Apresenta sinais de inapetência, febre, depressão, anorexia, dor abdominal, hipomotilidade ruminal, estase ruminal e diminuição súbita da produção leiteira. Em um atendimento externo da Clínica e Cirurgia de Grandes Animais-UFV a uma propriedade leiteira do município de Viçosa - MG foi encontrado, à necropsia de 2 bovinos, no interior do rúmen e retículo, diversos corpos metálicos, tais como pregos, arestas e arames, causando SCE e levando os animais à morte. Através da ferroscopia magnética, método eficaz no diagnóstico da SCE, consiste em um equipamento portátil que identifica metal no interior do animal, foi identificado em outros 5 animais, de um total de 12 bovinos, a presença de objetos metálicos no interior do rúmen/retículo. Embasado nas recomendações massivas das bibliografias referentes à Clínica Médica de Ruminantes, foi sugerido e empregado o uso do Imã Intrareticular Permanente (IIP), que se baseia em um imã pequeno, onde após administrados por via oral, por uma ferramenta de simples manuseio, se aloja no retículo e tende a agrupar corpos metálicos ao seu entorno, protegendo assim de eventuais traumas. O mais indicado é a prevenção de casos como estes, uma vez em que o tratamento é caro, com chances de não surtir efeito e acabar prolongando o sofrimento do animal. As bibliografias referentes dão ênfase como obrigatório na administração do IIP aos 12 meses de vida do animal. A literatura também julga como caráter de irresponsabilidade sanitária a morte de qualquer animal, por SCE, que não tenha sido administrado o IIP como profilático. Prevenir a perda de animais do rebanho e de gastos exacerbados com medicamentos é de suma importância. Visto que custo de medicamentos é o 4° que mais impacta no Custo Operacional Efetivo (COE), além de reduzir o custo e maximizar as taxas de ganho da propriedade, há um incremento na saúde do rebanho. |