Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11809

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Isabele Lima Pereira
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros EMILY CORRENA CARLO REIS, Gabriela Castro Lopes Evangelista, Mariana Itagiba Vaccarini, Mariana Silva Leite
Título Hiperostose Esquelética Idiopática Difusa: relato de caso
Resumo A hiperostose esquelética idiopática difusa (DISH) é uma enfermidade rara, com maior prevalência em cães Boxer, machos e idosos. Presume-se que a DISH é resultado de resposta proliferativa exacerbada à pequenas situações de tensão, resultando em calcificação e ossificação periarticular extensa do esqueleto axial, podendo acometer esqueleto apendicular e seus anexos de tecidos moles. Os sinais clínicos refletem limitações mecânicas ao movimento e algia. Para diferenciar DISH de espondilose deformante, quatro dos sete critérios devem estar presentes; ponte de ossificação ao longo dos aspectos ventrais e laterais de três corpos vertebrais contíguos; preservação da largura do espaço intervertebral e ausência de alterações da doença degenerativa do disco; osteoartrose dos processos articulares dorsais; pseudoartrose dos processos espinhosos; entesopatia de anexos de tecidos moles; osteófitos, esclerose e anquilose das articulações sacroilíacas e, anquilose óssea da sínfise púbica. Objetiva-se relatar um caso de DISH em cadela Boxer de 8 anos de idade. A paciente foi atendida com impotência funcional do membro pélvico direito, algia em coluna toracolombar, articulação femoro-tibio-patelar e, teste de gaveta e compressão tibial positivos. Realizou-se exame radiográfico de coluna toracolombar, lombossacra, pelve e joelhos direito e esquerdo, observando-se ponte óssea ao longo dos aspectos ventrais e laterais de T13-L1-L2-L3 e L4-L5-L6-L7 com preservação do espaço intervertebral das vértebras acometidas; espondilose deformante entre T10 -T11 e L3-L4; entesófitos ventrais em T9-T10, T11-T12 e T12-T13; anquilose das articulações sacroilíacas com presença de esclerose e osteófitos periarticulares, anquilose de sínfise púbica, deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur, sinais de calcificação do ligamento patelar e reação periosteal em diáfise distal de fêmur direito. A paciente foi diagnosticada com DISH por apresentar quatro dos sete critérios supracitados e ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCC) direito, sendo submetida à cirurgia para correção de RLCC por meio de técnica de sutura fabelo-tibial, visto que os tutores não aceitaram realização de TPLO (Tibial Plateau Leveling Osteotomy). Após 10 meses, a paciente apresentou dificuldade grave de deambulação e algia em articulação femoro-tibio-patelar esquerda. O exame clínico e radiográfico possibilitou diagnóstico de RLCC esquerdo. Os tutores não aceitaram sugestão de tratamento cirúrgico e, realizaram tratamento conservador com utilização de antiinflamatório esteroidal, protetores articulares, analgésicos, fisioterapia e acupuntura. A paciente apresentou evolução do quadro ortopédico e neurológico, apresentando paraplegia dependente à corticoideterapia. Por ser uma enfermidade rara a DISH necessita de mais estudos para melhor elucidação de sua etiologia e formas de tratamento mais efetivas de amenizar a algia e gerar mais conforto aos pacientes acometidos.
Palavras-chave Boxer, espondilose, RLCC
Forma de apresentação..... Painel
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