Resumo |
Introdução: A literatura cientifica destaca que o consumo de amêndoas de castanhas tais como pistache, macadâmia, nozes, amêndoa, noz pecan, avelã entre outras, pode auxiliar no controle do peso corporal. Contudo, a maioria dos estudos disponíveis foram conduzidos com amêndoas de castanhas pouco presentes na cultura alimentar brasileira. Objetivo: Avaliar o efeito do consumo de uma mistura de amêndoas de castanhas brasileiras (castanha de caju, Anacardium accidentale L. e castanha-do-Pará, Berthotia excelsa) sobre parâmetros antropométricos e composição corporal de mulheres em risco cardiometabólico. Metodologia: Trata-se de um estudo Clínico Randomizado Controlado, com duração de 8 semanas. Fazem parte do estudo mulheres em risco cardiometabólico com idade entre 20-55 anos. Após selecionadas, as participantes foram randomicamente alocadas nos grupos controle (dieta restrita em calorias: -500 kcal) ou teste (dieta restrita em calorias -500 kcal acrescido da ingestão diária de uma mistura de 45g de amêndoas de castanhas - 30g de amêndoa de castanha de caju + 15g amêndoa de castanha-do-Pará). Ao início e ao final do estudo, as participantes foram submetidas à avaliação antropométrica (peso, altura e perímetro da cintura e do quadril) e avaliação da composição corporal por meio de bioimpedância elétrica tetrapolar (InBody, modelo 230, BiospaceCo., Ltd), com capacidade máxima de 250 kg. Para caracterização das participantes foram calculadas as médias ± erro padrão da média para todas as variáveis. Para as voluntárias que já finalizaram o estudo, foi calculado o percentual de mudança dos parâmetros antropométricos e de composição corporal avaliados no estudo. Foi utilizado o software Excel® versão 8.1. Resultados: Até o momento, foram inseridas no estudo 22 mulheres com idade média de 30,8 ± 8,2 anos e IMC de 33,5 ± 1,8; 22% com sobrepeso, 59% com obesidade grau I e 18,9% com obesidade grau II. Nove participantes (40,9%) apresenta algum tipo de comorbidade (pressão arterial, glicemia ou triglicerídeos elevados). Sete participantes (31,8%) já finalizaram o estudo (3 do grupo controle e 4 do grupo teste), as demais encontram-se em acompanhamento. Entre as participantes do grupo teste, foi observado maior percentual de redução no peso (-3,41% vs -0,85%), IMC (-3,5% vs -1,7%), perímetro da cintura (-3,6% vs -2,94%) e gordura corporal (-3,05% vs -2,6%) comparado ao grupo controle. Em contrapartida, o grupo controle apresenta um incremento na massa muscular (-0,8% vs + 1,8%) em relação ao grupo teste. Conclusão: A abordagem nutricional tradicional para controle associada ao consumo diário de uma mistura de amêndoas de castanhas brasileiras pode conferir benefícios adicionais sobre parâmetros antropométricos e de composição corporal. Apoio Financeiro: CNPQ, CAPES, FAPEMIG, EMBRAPA, INOVAM BRASIL. |