Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11803

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Química
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Renato Alves Bastos
Orientador REJANE DE CASTRO SANTANA
Outros membros Gabriel Vitor Souza Lima
Título Mucilagem de chia e gelatina: propriedades tecno-funcionais e coacervação complexa
Resumo A semente de chia possui alto valor nutritivo e potenciais propriedades tecno-funcionais ainda pouco estudadas, assim como o seu uso em processos de microencapsulação por coacervação complexa. A incorporação de mucilagem de chia em matrizes do tipo emulsão e dispersões pode originar sistemas com texturas diferenciadas e possibilitar o desenvolvimento de produtos de elevada aceitação, visto a atual popularidade da semente e o interesse por produtos saudáveis. Neste sentido, o presente trabalho objetivou avaliar as propriedades da mucilagem de chia em emulsões óleo em água com o intuito de compreender os mecanismos de estabilização deste biopolímero. Além disso, o projeto avaliou suspensões aquosas de mucilagem de chia e gelatina (do tipo B) em diferentes pHs e razões de polissacarídeo e proteína com o intuito de identificar as condições adequadas para a coacervação complexa dos biopolímeros. Desta forma, emulsões contendo 1, 2 e 3 % (m/m) de mucilagem de chia em pH 6 foram produzidas em homogeneizador do tipo rotor-estator, sendo estas caracterizadas quanto à estabilidade cinética, microscopia ótica e reologia. Todas as emulsões apresentaram comportamento pseudoplástico, tixotrópico e do tipo gel, onde G’ (módulo elástico) é maior que G’’ (módulo viscoso). O aumento da concentração de mucilagem produziu emulsões com maior índice de consistência e maior estabilidade cinética, reduzindo de 60 para 20% (v/v) de separação de fases após 5 dias de estocagem com o aumento da concentração de mucilagem de 1 para 3% (m/m). As emulsões apresentaram distribuição de tamanho de gotas de óleo polidispersas com diâmetro médio de gota variando entre 2,11 e 20,9 m. O tamanho das gotas aumentou com o incremento de mucilagem nas emulsões, sugerindo que a mucilagem não apresentou ação interfacial entre o óleo e a água suficiente para reduzir o fenômeno de coalescência das gotas. Por outro lado, o incremento de mucilagem aumentou a viscosidade da fase aquosa e reduziu o fenômeno de cremeação, resultando em menor separação de fases. No estudo das suspensões aquosas de mucilagem de chia e gelatina, as suspensões foram caracterizadas quanto ao potencial zeta. A gelatina apresentou ponto isoelétrico próximo ao pH 5.5, enquanto a mucilagem de chia apresentou carga negativa em toda a faixa de pH avaliada (entre 1 e 8,5). Suspensões contendo 0,2% (m/m) de biopolímero total, em diferentes proporções de mucilagem:gelatina (2:15, 4:10, 22:100 e 85:100) e pHs (3,0, 3,5, 4,0 e 4,5) também foram avaliadas quanto ao potencial zeta. Foram identificadas as condições de pH (entre 4 e 4.5, dependendo da proporção de polissacarídeo:proteína) onde a suspensão de biopolímeros resultou em uma carga total nula, sugerindo a formação de complexo conjugado. Assim, este estudo mostrou a viabilidade do uso da mucilagem tanto como estabilizante de emulsões em concentração de 3% (m/m) como na formação de conjugado complexo em pHs baixos.
Palavras-chave Mucilagem, Gelatina, Coacervação
Forma de apresentação..... Painel
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