Resumo |
A avicultura de corte é um dos setores que mais está evoluindo ao longo dos anos, isso se deve muito ao intenso trabalho com melhoramento genético, manejo, nutrição, ambiência e sanidade dos animais. Porém, sabe-se que a origem do material genético dos animais utilizados no Brasil provém de países de clima temperado, com isso o frango de corte está cada vez mais sensível às condições ambientais estressantes, como o calor (YAHAV et al., 2000; BROSSI et al., 2009).As maneiras mais comuns para se reduzir esse tipo de estresse são as alterações nutricionais e o uso de modificações nas instalações. No entanto, a adequação dos galpões de produção pode ser uma alternativa de alto custo inicial, e maior necessidade de mão de obra especializada. Com isso a manipulação das dietas torna-se de grande relevância. Dentre as estratégias nutricionais, a suplementação com minerais e vitaminas pode se constituir em ferramenta útil para o favorecimento do desempenho dos frangos em condições de estresse por calor (RIBEIRO et al., 2008).Objetivou-se com esse experimento avaliar o efeito da utilização de cromo quelatado e de vitamina E em frangos de corte submetidos à elevada temperatura. O experimento foi conduzido em 4 câmaras climáticas localizadas no Laboratório de Bioclimatologia do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa. Os animais foram criados em gaiolas com dimensões de 0,50m de largura x 1,0m de comprimento. Para realização do experimento foram utilizados pintainhos da linhagem Cobb 500, machos, que foram criados em gaiolas metálicas de 22 à 42 dias de idade. No 22º dia, as aves foram transferidas para as câmaras climáticas e criadas em uma densidade de 8 aves por gaiola, permanecendo até os 42 dias de idade, submetidos a estresse por calor de 32,0±0,8ºC. Para a avaliação do desempenho dos animais foram mensuradas as variáveis consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. Após coletar e tabular todos os dados, eles foram submetidos a análises estatísticas realizadas por meio do programa SASsoftware 9.0(SAS Institue, 2002). A variável consumo de ração teve efeito significativo no nível 2 (150ppm) de Vitamina E e nível 2 (500ppb) de Cromo-metionina, onde esses foram os níveis que apresentaram maior consumo. Já a variável ganho de peso teve efeito no nível 2 (150ppm) de Vitamina E e o nível 4 (1500ppb) de Cromo-Metionina, sendo esses os níveis com maior ganho de peso. Apesar das aves que se alimentaram das dietas com o nível 2 (150ppm) de Vitamina E e nível 2 (500ppb) de Cromo-metionina tiveram o maior consumo de ração, isso não foi seguido do ganho de peso, mostrando que mesmo comendo menos ração, as aves consumindo 150ppm de Vitamina E e 1500 ppb de Cromo-metionina obtiveram maior ganho de peso. Através desses resultados pode-se concluir que, a Vitamina E e o Cromo-metionina suplementados em conjunto na dieta de frangos de corte são uma boa alternativa para atenuar os efeitos do estresse térmico sofrido pelos animais. |