Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11785

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PET
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Bianca Cristina Carvalho Reis
Orientador JOAO PAULO VIANA LEITE
Outros membros Alisson Andrade Almeida, Ana Paula Agrizzi, Laís Azevedo Rodrigues, Nívea Maria Pacheco
Título Atividade citotóxica de espécies vegetais nativas da mata atlântica sobre linhagem celular de melanoma
Resumo O câncer de pele é o mais incidente no Brasil e corresponde a 30% dos tumores malignos no país, o que significa uma média de 180 mil novos casos por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Da totalidade dos tumores, 3% equivalem ao melanoma que apesar de menor prevalência é o mais grave e com maior potencial metastático. Atualmente, as terapias utilizadas são muito agressivas, limitadas e com diversos efeitos colaterais. Diante disso, é urgente a busca de alternativas mais eficazes e seguras que substituam ou complementem os tratamentos existentes. Os produtos naturais são promissores, uma vez que, possuem diversidade estrutural, estereoquímica específica e mecanismos de ação próprios, sendo capazes de interagir com diferentes alvos. Além disso, o Brasil é um dos países detentores da maior diversidade biológica do planeta, porém possui um grande número de espécies ameaçadas de extinção, principalmente no bioma Mata Atlântica. Diante disso, o objetivo do projeto foi identificar espécies com atividade citotóxica sobre o câncer de melanoma. Foi realizado teste in vitro com 10 espécies vegetais, totalizando 40 extratos. O material vegetal (folhas e caules) foi coletado de duas regiões diferentes de Mata Atlântica: Parque Estadual de Itaúnas (PEI) – ES e Mata da Silvicultura – MG, sendo posteriormente desidratado, pulverizado em moinhos de faca e submetido à extração por percolação em uma proporção 5:1 de material vegetal e solvente, e, empregando primeiramente uma mistura de diclorometano e metanol (1:1) e, em seguida, metanol. Os extratos foram esgotados, rotaevaporados e liofilizados. Estes foram submetidos ao ensaio de redução por tetrazólio (MTT) para avaliação da atividade citotóxica, para isso, foram cultivadas células da linhagem de câncer melanoma de murinho, B16F10, e plaqueadas em placas de 96 poços com 1 x 104 células/poço. Após 24h foram adicionados os extratos na concentração de 100 µg/mL, a partir de uma solução estoque de 50mg/mL diluídos em DMSO. Após 48h foi adicionado o MTT, e após 3h foi feita a leitura em 540 nm e calculado. O experimento foi realizado em triplicata. Dos 40 extratos testados, 6 extratos apresentaram atividade antitumoral, considerando como atividade todos os extratos que apresentaram inibição da viabilidade celular superior a 60%, sendo desses, extratos diclometanólicos de caule das espécies: Annona glabra, Eugenia brejoensis e Psichotria bahiensis, extrato metanólico de caule Psichotria bahiensis e extrato diclorometanólico e metanólico de folha de Casearea arborea, totalizando 4 espécies em potencial. Dentre essas, os extratos metanólicos e diclorometanólicos de folha da Casearea arborea obtiveram destaque por apresentar citotoxidade de 80%. Os resultados obtidos neste trabalho indicam a atividade citotóxica das espécies em potencial, que poderão ser submetidas a estudo fitoquímico biomonitorado visando a obtenção de novas compostos bioativos para o tratamento de câncer de melanoma.
Palavras-chave extratos ativos, melanoma, citotóxico
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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