Resumo |
O manguezal é um ecossistema ecológico costeiro tropical, dominado por vegetações típicas, caracterizado por inundações periódicas de água do mar, escassez de oxigênio, solos lodosos e variações de salinidade. Estes ecossistemas são formados às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde ocorre o encontro das águas dos rios com a água do mar. Devido a esta posição de transição entre rio e mar, os manguezais são alvos de estudos de diversas esferas do conhecimento, tais como biologia, ecologia, oceanografia, geologia. Porém, os estudos referentes aos solos de mangues são consideravelmente escassos. Os processos pedobiogeoquímicos relacionados à formação dos solos de manguezais são bastante característicos destes ambientes devido a estes constantes alagamentos. A composição mineralógica destes solos pode variar categoricamente, sendo que nos manguezais brasileiros os minerais mais encontrados são: mica, caulinita, pirita, quartzo, feldspato, anatásio, gibbsita e esmectita. O presente trabalho tem por finalidade realizar uma comparação dos resultados obtidos pela análise química, física e quantificação de matéria orgânica de amostras que foram secadas através do processo de liofilização e os que seguem os métodos tradiconais. O manguezal em estudo situa-se no campus da Universidade Federal do Espírito Santo, localizado ao norte da cidade de Vitória/ES, esta ocupação resultou em uma perca de 211.250 m2 deste ecossistema, devido à aterros realizados na área. Foram coletadas 24 amostras, em diferentes locais a fim de retratar os diversos ambientes existentes no manguezal, destas, 12 foram separadas para a liofilização e 12 para a secagem sem o processo. As amostras foram coletadas com o auxílio de trado napoleão, ensacadas e etiquetadas. Aquelas que passarão pelo processo de liofilização foram congeladas a fim de manter a água para o posterior processo de sublimação. Ressalta-se que o estudo encontra-se em vias de finalização. |