Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11751

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Raylla Pollyana Barbosa de Sousa
Orientador FABIO MURILO DA MATTA
Outros membros Dinorah Moraes de Souza Marçal, Marcela Lúcia Barbosa, Pedro Brandão Martino, Priscila Maria de Oliveira
Título Os efeitos positivos do silício sobre a produção de arroz são minimizados com o aumento da concentração de CO2
Resumo O Si e a elevada [CO2] proporcionam, isoladamente, maiores rendimentos das plantas de arroz, por promoverem incrementos na capacidade da fonte e na força do dreno. No entanto, não são conhecidas as respostas da produção de plantas de arroz fertilizadas com silício em um cenário de aumento da [CO2]. Dessa forma, o presente trabalho objetivou analisar os efeitos da combinação do aumento da [CO2] e da fertilização com o silício sobre a produção de grãos de arroz. Utilizou-se plantas de arroz do cv. ‘Oochikara’ (WT) e seu mutante defectivo para a absorção de silício (Lsi1), cultivadas em meio hidropônico, fertilizadas ou não com Si (0 e 2 mM) e dispostas em câmaras de topo aberto, com enriquecimento de CO2 (700 ppm) e [CO2] ambiente (400 ppm). Observou-se que o silício, nas atuais condições de [CO2] e na ausência de estresses, melhorou o rendimento das plantas WT. Com o incremento da [CO2], evidenciou-se o aumento da produção, independentemente do genótipo e da fertilização com silício. Assim, o maior rendimento das plantas WT cultivadas em [CO2] ambiente caracterizou-se em um maior número de grãos, número de grãos por panículas e número de panículas por planta, maior porcentagem de grãos cheios e maior massa de grãos, resultados que culminaram em um incremento do índice de colheita para essas plantas, comparadas às suas contrapartes. A elevada [CO2] apresentou os mesmos resultados, sem, contudo, haver diferença entre os genótipos e de fertilização do Si. A ausência de resposta do silício sobre a produção em [CO2] de 700 ppm poderia ser atribuída, em parte, ao fato de que o silício possa ser menos absorvido num cenário de incremento da [CO2], uma vez que as plantas transpiram menos devido ao fechamento parcial dos estômatos. No entanto, como o mesmo padrão de resposta de produção foi observado nas plantas WT e Lsi1 (que acumulam silício diferencialmente) sob [CO2] de 700 ppm, sugere-se que o aumento da [CO2] anularia diretamente os efeitos positivos do silício, possivelmente porque as relações fonte/dreno são afetadas de modo similar tanto pelo silício como pelo aumento da [CO2]. Como conclusão, os resultados sugerem que os efeitos positivos do silício, observados sob concentrações atuais de CO2, não mais deverão ser verificados num cenário futuro de mudanças climáticas, com o aumento da concentração do CO2 atmosférico.
Palavras-chave Produção de arroz, silício, CO2
Forma de apresentação..... Painel
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