Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11746

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor All Unser Lauda de Miranda Rocha
Orientador IZABEL REGINA DOS SANTOS COSTA MALDONADO
Outros membros Eliziária Cardoso dos Santos, Iara Alexandrino Soares Ferreira, Luiz Carlos Maia Ladeira, Thais Cabral dos Santos
Título Infusão de chá verde aumenta o consumo energético de ratos Wistar com diabetes tipo 1
Resumo O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica metabólica causada pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas. Exige do animal diabético uma modulação do metabolismo de forma a suprir a demanda energética das células dependentes de insulina, que não possuem glicose disponível para oxidação no meio intracelular. Ao chá verde é atribuído os efeitos de ser agente termogênico, promotor da oxidação lipídica e antioxidante. Com base nisto, este estudo avaliou a influência do chá verde no metabolismo energético do rato diabético. Foram utilizados dezoito ratos machos Wistar com 40 dias de idade, distribuídos aleatoriamente nos três seguintes grupos: Ctrl (controle saudável), recebeu tratamento placebo (água); Diabetes (controle diabético), recebeu tratamento placebo; Chá (diabetico tratado com chá verde), recebeu infusão de chá verde (100mg/Kg peso corporal). Os tratamentos foram administrados por gavagem diariamente. O DM1 foi induzido por dose única de estreptozotocina (60mg/Kg peso corporal) aplicada por via intraperitoneal e confirmado pelo estado hiperglicêmico dos animais após 2 dias. (glicemia de jejum > 250mg/dL). Após 42 dias de tratamento foi realizado o ensaio de calorimetria indireta pelo período de 1h. O experimento está registrado no CEUA/UFV sob o protocolo nº 53/2018. Os dados foram comparados por teste t não pareado entre os grupos Ctrl x Diabetes e Diabetes x Chá. O DM1 influenciou aumentando o consumo de oxigênio dos animais (x ̅ = 15,94 ± 0,78 mL/min/K^0,75; p = 0,0066) comparado ao Ctrl saudável (x ̅ = 14,07 ± 1,09), já o tratamento com chá verde aumentou ainda mais o consumo de O2 (x ̅ = 17,02 ± 0,91 mL/min/K^0,75; p = 0,0248). A produção de dióxido de carbono não foi influenciada estatisticamente nem pelo DM1e nem pelo tratamento com chá verde. O maior consumo de O2 refletiu no gasto energético diário (EE) dos animais diabéticos (x ̅ = 110,4 ± 4,39 Kcal/dia; p = 0,0160) quando comparados ao controle (x ̅ = 100,6 ± 7,08 Kcal/dia) e também dos animais diabéticos tratados com chá verde (x ̅ = 118,9 ± 8,08 Kcal/dia; p = 0,0474) quando comparados aos animais com DM1. O Coeficiente Respiratório (RQ), por consequência, foi reduzidos nos animais diabéticos, tratados ou não, variando entre 0,70 e 0,88, (p = 0,0024; comparado ao Ctrl), indicando um consumo preferencial de lipídios como fonte energética. Pela ausência da insulina, os animais diabéticos, tratados ou não com chá verde, modulam o metabolismo energético de forma a utilizarem fontes alternativas à glicose na manutenção do balanço energético. Nossos resultados indicam que o DM1 faz com que esta demanda seja suprida pela oxidação de lipídios nos animais diabéticos, refletindo no aumento do gasto energético e consumo de O2. O tratamento com chá verde aumentou ainda mais o gasto energético, podendo refletir na redução das reservas de gordura destes animais.
Palavras-chave Chá verde, diabetes tipo 1, calorimetria
Forma de apresentação..... Oral
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