Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11742

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Microbiologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FUNARBE
Primeiro autor Thamires Santos Souza
Orientador MATEUS FERREIRA SANTANA
Outros membros Kiara França Campos, Luiz Guilherme do Carmo Rodrigues, Osiel Silva Gonçalves
Título Primeiro relato de transposons da família Tn3 no genoma de Ralstonia pseudosolanacearum
Resumo O acúmulo de DNA repetitivo, como de transposons, é responsável por causar variações nos genomas bacterianos durante recente associação com seu hospedeiro. Os transposons são segmentos de DNA constituídos por uma transposase, sequências repetidas invertidas nas extremidades, sequências duplicadas no sítio de inserção e por carregarem outros genes não relacionados a sua mobilidade. Esses elementos têm capacidade de movimentação no genoma, o que os torna importantes na diversificação genômica de diversas bactérias. Neste contexto, a bactéria fitopatogênica Ralstonia solanacearum apresenta uma extensa variabilidade genética, que reflete na sua amplitude de hospedeiros e na dificuldade de se controlar esse patógeno sendo classificada como um complexo de espécies (CERS) que inclui R. solanacearum, R. pseudosolanacearum e R. syzygii. Diante disso, esse trabalho teve como objetivo identificar in silico a presença de transposons nos genomas do CERS. Foram utilizados 56 genomas completos do CERS disponíveis no NCBI (National Center for Biotechnology Information). Estes genomas foram analisados contra o banco de dados do ISfinder através de BLASTn (Basic Local Alignment Search Tool) utilizando como parâmetro E-value <10-5. Em seguida, foi feita uma busca por transposase específicas para transposons; essa busca foi ampliada upstream e downstream para identificar as sequências repetidas invertidas nas extremidades e as sequências duplicadas. Os genes carregados pelos elementos foram comparados contra non-redundant protein database (nr) no NCBI. A partir das análises, foram identificadas os transposons em apenas 2 genomas. Quatro transposons pertencentes à família Tn3 foram identificados em duas linhagens de R. pseudosolanacearum RSCM e HA4-1. Estes transposons foram denominados de Tn3RSCM_1, Tn3RSCM_2, Tn3pHA41 e Tn3HA41_2. Tn3RSCM_1 e Tn3RSCM_2 foram encontrados, respectivamente, no cromossomo e megaplasmídeo da linhagem RSCM; e Tn3pHA41 e Tn3HA41_2 foram encontrados no megaplasmídeo e no plasmídeo da linhagem HA4-1, respectivamente. Todos os transposons codificam transposase da família Tn3 e gene recombinase, o que garantem o processo de transposição. Além disso, os transposons carregam genes de nucleotidiltransferase, peptidases e avirulência. Para nosso conhecimento, este é o primeiro relato de transposons no genoma do CERS. Estes resultados abrem novas perspectivas de estudos clássicos sobre transposição e seu potencial impacto na patogenicidade de R. pseudosolanacearum.

Agradecimentos: CNPq e Funarbe
Palavras-chave elementos transponíveis, fitopatógeno, genômica evolutiva
Forma de apresentação..... Painel
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