Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11727

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Júnea Pinto Fontes
Orientador RODRIGO SIQUEIRA BATISTA
Outros membros ANDREIA PATRICIA GOMES, Emília Pio Silva, Pollyanna Álvaro Spósito
Título Por que não podemos escrever os 24 volumes inteiros da Enciclopédia Britânica na cabeça de um alfinete?: a formação do médico e os desafios do ensino da nanotecnologia
Resumo Introdução: O uso da nanotecnologia tem aumentado significativamente em diversas áreas da ciência, com destaque na área da saúde. Seu domínio encontra obstáculos relacionados aos desafios metodológicos para a disseminação deste conhecimento na formação dos futuros profissionais da área da saúde – incluindo os médicos –, os quais irão lidar com esta tecnologia. Com efeito, o objetivo da presente comunicação é analisar o estado da arte das publicações brasileiras e internacionais direcionadas à nanotecnologia e ao ensino da medicina.
Métodos: Revisão sistemática pelo método PRISMA, nas bases PubMed [www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/] e SciELO [www.scielo.br], no período entre 20/12/2009 a 20/12/2018. Foram utilizados os descritores: educação médica (medical education), nanotecnologia (nanotechnology), nanomedicina (nanomedicine), medicina (medicine).
Resultados e Discussão: Foram identificados 25 artigos. Destes 12 apresentavam propostas de reforma do currículo ou experiências de inclusão curricular desses assuntos. Apenas três apresentavam propostas envolvendo especificamente a medicina, sendo uma no nível de pós-graduação e duas no nível de graduação. Uma destas propostas sugere a abordagem através de disciplina específica ou de módulos/curso, enquanto outra propõe a inserção de conceitos relacionados a nanotecnologia dentro das disciplinas do currículo médico geral já existente. Considerando o caráter multidisciplinar da área – foram encontradas nove experiências na literatura, as quais incluíam: cinco propostas na graduação em física ou química, quatro destas brasileiras; uma proposição em biologia, nos Estados Unidos; e quatro propostas em cursos de pós-graduação, sendo uma em química e biotecnologia no Brasil, uma em medicina, biologia e biociências em Portugal e duas envolvendo áreas ligadas a engenharia, biologia, farmácia e física no México e Estados Unidos.
Conclusão: Esta revisão evidenciou que a literatura sobre a temática é escassa, e esforços devem ser dirigidos para que surjam novos estudos que possibilitem a melhor delimitação dos desafios do ensino médico da nanotecnologia, para que propostas e experiências sejam documentadas e compartilhadas, quiçá para que os futuros médicos possam entender as possibilidades, as vantagens e as limitações de se escreverem os "24 volumes inteiros da Enciclopédia Britânica na cabeça de um alfinete", como sonhou Richard Feynman, um dos arautos da nanotecnologia, em sua célebre conferência "There is plenty of room at the bottom – an invitation for a new Field of Physics".
Referências
Carvalho FA, et al. Taking nanomedicine teaching into practice with atomic force microscopy and force spectroscopy. Adv Physiol Educ 2015; 39: 360-366.
Fontes JP. Nanociência, nanotecnologia e o ensino de graduação em Medicina no Brasil: cenário atual. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). UFV, 2019.
Ven AL, et al. Essential components of a successful doctoral program in nanomedicine. Int J Nanomed 2015; 10: 23-30.
Palavras-chave Educação Médica, Nanomedicina, Nanotecnologia.
Forma de apresentação..... Oral
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