Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11674

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Física
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Juliano Fernandes Teixeira
Orientador ALVARO VIANNA NOVAES DE CARVALHO TEIXEIRA
Outros membros Juliana Silva Quintão
Título Formação de micelas em misturas de surfactantes iônicos e não-iônicos.
Resumo Na agricultura, na medicina e no cotidiano como detergentes, os surfactantes são amplamente utilizados. Por possuírem em sua estrutura uma região hidrofílica e uma hidrofóbica, eles apresentam características importantes como a diminuição da tensão interfacial, agente ativo na remoção de partículas ou como emulsificantes. Uma característica marcante dos surfactantes é a sua capacidade de formação de estruturas conhecidas como micelas. As micelas são formadas por um conjunto de moléculas do surfactante envolvido, que, no equilíbrio termodinâmico, se auto-organizam em estruturas compactas. Essa formação acontece a partir de uma certa concentração conhecida como concentração micelar crítica (CMC), que é um dos principais parâmetros para caracterizar os surfactantes. Diferentes técnicas podem ser utilizadas para caracterizar a CMC, na qual é mensurável a partir de alguma mudança da propriedade macroscópica da solução como, por exemplo, a condutividade elétrica, a intensidade de luz espalhada e a tensão interfacial da solução. Caracterizamos a CMC do surfactante aniônico dodecil sulfato de sódio (SDS) e do surfactante não-iônico polietilenoglicol dodecil éter (Brij L4), realizando medidas de soluções contendo os surfactantes, tanto isolados quanto combinados com diferentes proporções. Utilizamos da técnica espalhamento dinâmico de luz (DLS), medindo o comportamento das flutuações na intensidade de luz espalhada, variando a concentração do surfactante, o que possibilitou encontrar a CMC do Brij . Medidas de condutividade elétrica da solução foram realizadas por um condutivímetro digital em conjunto com uma bomba de seringa controlado por um programa que exibe a leitura da condutividade à medida que aumenta a concentração do surfactante na solução. Utilizando um Tensiômetro de anel Du Noüy aplicando o método da placa Wilhelmy, medimos a tensão interfacial variando a concentração de surfactante. Foi possível encontrar por diferentes técnicas a CMC das soluções, além de verificar através do comportamento da curva de condutividade, que a inserção de moléculas não iônicas em soluções de surfactantes iônicos influência de modo não trivial na condutividade. Notamos pela técnica de condutivimetria que a CMC de soluções mistas não se trata unicamente de formação de micelas, mas sim da concentração a partir da qual em que as micelas mistas conseguem capturar os contra-íons livres na solução, ou seja, diminuir o grau de ionização. Quando se mantém a concentração do Brij constante e varia-se o SDS a curva de condutividade versus concentração é bem diferente de quando mantém-se SDS constante e varia-se Brij. Em soluções mistas o valor da CMC encontrada são maiores que a CMC do surfactante não iônico (Brij) e menores que a CMC do iônico (SDS), estando de acordo com a teoria (RST) de Rubingh que nos mostra ser uma interação sinergética. Estudos preliminares de medidas de tensão interfacial parecem corroborar com os resultados obtidos anteriormente.
Palavras-chave MICELAS, SURFACTANTES, CMC
Forma de apresentação..... Oral
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