Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11666

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Gabriel Coutinho Silveira
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros Ana Paula Prueza de Almeida Luna Alves, Maria de Fátima Cotta da Silva, Rebecca Anne Arrant, Wesley Santos Dornellas
Título Epifisiodese proximal de tíbia em cão com fratura Salter Harris Tipo V
Resumo As linhas fisárias são responsáveis pelo alongamento ósseo, aquisição de estrutura esponjosa ou trabecular e acúmulo de massa óssea trabecular durante desenvolvimento ósseo que, em cães de grande porte, ocorre até 18 a 20 meses de idade. Fraturas Salter Harris tipo V ocorrem por compressão da linha fisária e, o tratamento deve ser precoce para impedir necrose e reabsorção óssea ou, consolidação precoce da placa epifisária resultando em deformidades de crescimento. Objetiva-se relatar uma paciente canina de um ano de idade, raça Pastor de Malinois, atendida no Hospital Veterinário da UFV, com histórico de claudicação de membros pélvicos há 5 meses, após trauma por queda de veículo em movimento. A paciente foi diagnosticada em outro estabelecimento com fratura de tíbia esquerda e tratada com repouso. Ao exame clínico observou-se claudicação de membros pélvicos e dor em articulação femoro-tibio-patelar bilateral. Ao exame radiográfico observou-se lise óssea em linhas fisárias proximais de tíbia, indicando necrose e reabsorção óssea, por instabilidade da fratura de Salter Harris tipo V bilateral. Avaliando-se as radiografias com intervalos de 15 a 30 dias, observou-se progressão da lise óssea. Recomendou-se repouso absoluto e agendou-se procedimento cirúrgico. O exame radiográfico prévio à cirurgia evidenciou evolução positiva em relação à lise e reabsorção óssea em linhas fisárias de tíbia direita. Optou-se por realizar epifisiodese em tíbia esquerda, por meio de inserção oblíqua de um parafuso cortical número 4 na porção crânioproximal da tíbia, com função neutra, no sentido craniocaudal. Coletou-se biópsia de fragmento ósseo no foco da fratura. Foi inserido 10mL de enxerto autógeno de medula óssea coletada de úmero esquerdo, nas linhas fisárias da região proximal da tíbia. Realizou-se redução do tecido subcutâneo com sutura padrão walking suture com fio poliglactina 910 2-0, sutura intradérmica zigue-zague com fio poliglecaprone 3-0 e dermorrafia com padrão de sutura simples interrompido fio nylon 3-0. O exame histopatológico evidenciou medula óssea com células inflamatórias, fibroblastos e osteoclastos, trabéculas desvitalizadas, favorecendo reparo/osteomielite. Quatro semanas após a cirurgia, o exame radiográfico evidenciou processo de união óssea e ausência de rejeição do implante. A paciente apresenta-se em ótimo estado geral, sem sinais de claudicação, crepitação ou algia nos membros. As fraturas de Salter-Harris são raras em tíbia proximal devido à anatomia da epífise proximal, inserção dos ligamentos colaterais distalmente à metáfise, protegendo a epífise. Uma vez que as falhas da fratura estejam preenchidas, a ossificação endocondral normal é concluída e a função fisária continua, portanto, o tratamento deve ser instituído para evitar necrose óssea ou fechamento precoce da placa de crescimento, e por consequência, o desenvolvimento de deformidades no crescimento e prejuízo na função motora do membro afetado.
Palavras-chave ortopedia, placa epifisária, ossificação
Forma de apresentação..... Painel
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