Resumo |
Introdução: Os parasitas intestinais representam um problema de saúde pública e agravam os índices de morbidade dos países cuja condições sanitárias não acompanham o crescimento populacional. Portanto, a prevalência de infecções parasitárias é um bom indicador de status socioeconômico de um país, e pode ser associado a diversos determinantes como instalações sanitárias inadequadas, ausência de saneamento básico, poluição fecal da água e de alimentos, fatores socioculturais, contato com animais além da idade do hospedeiro. O grupo etário onde está localizado a maior mortalidade em decorrência de doenças diarreicas são crianças menores de 05 anos, crianças em idade escolar e infantil também estão susceptíveis a tais doenças visto que este grupo demanda cuidados alheios e também possuem imaturidade imunitária. Neste contexto é importante estudar as creches e ambientes escolares, uma vez que eles aumentam a susceptibilidade às infecções parasitárias devido ao aumento do contato interpessoal, maior contato com o solo e condições de higiene precárias, além de estarem inerentes a exploração da fase oral das crianças. Objetivo: Estimar a prevalência da infecção por enteroparasitas em crianças matriculadas em escolas de Educação de Infantil e Ensino Fundamental I no município de Viçosa, MG. Métodos: Trata-se um estudo de corte transversal realizado com crianças de 0 a 11 anos matriculados nas creches públicas e filantrópicas e no Ensino Fundamental 1 nas escolas do município de Viçosa- MG. A coleta de dados iniciou em outubro de 2017, contou com preenchimento de um questionário e coleta de fezes para exame parasitológico. A análise foi realizada no Laboratório de Agentes Patogênicos do Departamento de Medicina e Enfermagem da UFV. Foram calculadas as prevalências de infecções. Resultados: Durante o período foram abordados 1134 alunos, destes 193 devolveram amostras para análise. Das análises obtidas tivemos 17(8,8%) amostras positivas para presença de parasitose, onde os seguintes parasitas foram encontrados, E. coli 4(23,5%), E. histolytica 11(64%), Giardia duodenalis 4(23,5%), Balantidium coli 1(5%) Enterobius vermicularis 1(5%). Vale ressaltar que três crianças apresentaram poliparasitimo (E.coli e E. histolytica) e ( E.coli, E.histolytica e Balantidium coli ). Conclusão: Foram encontramos quatro tipos de protozoários, e apenas um helminto. Ao avaliarmos a prevalência de parasitismo intestinal e as demais variáveis sociodemográficas e econômicas, observamos baixa prevalência de enteroparasitoses, além de demonstrar que a população estudada possui boas condições de saneamento e de condições de vida. No entanto, é necessário ressaltar a baixa adesão ao envio de amostras de fezes juntamente com os questionários. |