Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11627

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Animal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Vanice do Vale Coutinho
Orientador SIRLENE SOUZA RODRIGUES SARTORI
Outros membros Amanda Alves Lozi, Diane Costa Araujo, Fernanda Carolina Ribeiro Dias , SERGIO LUIS PINTO DA MATTA
Título Estresse oxidativo induzido pelos metais pesados arsênio, cádmio, chumbo, cromo e níquel, sobre os testículos de camundongos machos adultos após exposição aguda
Resumo Existe um declínio significativo na fertilidade humana mundial descrito na literatura nas últimas décadas. Os metais pesados são descritos como os principais agentes causadores dessa diminuição. Os efeitos deletérios causados à saúde reprodutiva, após exposição a esses tóxicos ambientais, tornaram-se questão de séria preocupação global. Muitos estudos buscam elucidar os mecanismos de toxicidade dessas substâncias, a fim de desenvolver uma abordagem eficiente para mitigar seus efeitos tóxicos. Há indicações que a exposição a metais pesados gera espécies reativas de oxigênio, diminui a atividade das enzimas antioxidantes e aumenta a peroxidação lipídica, causando estresse oxidativo nos testículos de animais experimentais. O estresse oxidativo no sistema reprodutor masculino pode desencadear diversas disfunções que causam infertilidade. Sabendo disso, este estudo objetivou-se avaliar a ação dos metais pesados arsenato, arsenito, cádmio, chumbo, cromo e níquel sobre os testículos de camundongos Swiss machos adultos. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 7 grupos experimentais (n=10 animais/grupo), pesados e mantidos em gaiolas coletivas. Assim, o grupo 1 recebeu 0,7mL de solução salina 0,9% (controle), o grupo 2 recebeu arsenato (As5+), o grupo 3 arsenito (As3+), o grupo 4 cádmio (Cd), o grupo 5 chumbo (Pb), o grupo 6 cromo VI (Cr VI) e o grupo 7 níquel (Ni), todos na dose de 1,5 mg/Kg de peso corporal. Os metais foram administrados por via intraperitoneal (IP) em dose única, e os animais foram eutanasiados sete dias após a aplicação. Os animais intoxicados com As5+ apresentaram aumento na atividade da superóxido dismutase (SOD), que pode ter ocorrido devido ao aumento da produção de radicais ânion superóxido (O2-), sem alterar a atividade da catalase (CAT) ou da glutationa-S-transferase (GST). Em associação ao aumento da SOD, houve diminuição do malondialdeído (MDA) nesses mesmos animais, indicando que a primeira linha de defesa está sendo eficiente na eliminação dos efeitos deletérios causados por este metal, na concentração e tempo de exposição utilizados. Os animais intoxicados por As3+, Cd, Pb, Cr VI e Ni apresentaram diminuição na atividade da GST, associada à diminuição do MDA. Entende-se que as enzimas SOD e CAT estão atuando dentro da normalidade no combate aos efeitos deletérios induzidos após exposição a metais pesados, onde a diminuição na atividade da GST pode estar associada ao processo de eliminação de metais pelo organismo e a detoxificação. Assim a GST, na tentativa de restabelecer o equilíbrio no estado oxidativo, pode ter aumentado sua atividade ao máximo, levando à diminuição na capacidade de dismutação do peróxido de hidrogênio (H2O2) e na sua atividade. As alterações encontradas nas enzimas antioxidantes podem ter sido induzidas pela exposição aguda aos metais pesados.
Palavras-chave reprodutor masculino, desbalanço redox, contaminantes ambientais
Forma de apresentação..... Painel
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