Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11566

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Thaynara Pereira Albuquerque
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Klisman Oliveira, Laura Vicente Guimarães, Sabryna Luiza Rivelli de Oliveira, Vicente Toledo Machado de Morais Júnior
Título Seleção de Espécies Para Plantios de Neutralização das Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) Por Meio de Características Ecológicas e Incremento de Carbono
Resumo Vários plantios de neutralização estão sendo realizados no Brasil e no mundo. Com isso, torna-se necessário o monitoramento dos plantios para conhecer o real desempenho das espécies nos vários ambientes, indicando aquelas com maior potencial de estocar carbono em sua biomassa. O trabalho teve como objetivo selecionar espécies apropriadas para plantios de neutralização das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) por meio de características ecológicas e incremento de carbono. O projeto foi realizado em uma área degradada localizada no campus Viçosa da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Minas Gerais. O clima é do tipo Cwa. As medições foram feitas em Junho de 2018 em dois plantios com 4,5 e 5,5 anos, respectivamente. As árvores estão dispostas em um espaçamento 2x2m e foram inventariadas, coletando o diâmetro a altura do solo (DAS) com o paquímetro e a altura (H) com a vara graduada. O estoque de C de cada indivíduo dos plantios de 4,5 e 5,5 anos foi obtido pelas equações Cij=(5,85996 x 10-11) x (DAS0,652085)x (H3,83808) (R² ajustado= 96,91%) e Cij= [0,000353 x (DAS1,202424) x (H0,781883)], (R2 ajustado= 82,12%), respectivamente. Foi avaliado o índice de sobrevivência das espécies utilizadas (SB (%) = (Nf/N0)*100), em que Nf = número de indivíduos na última avaliação; N0 = número de indivíduos na avaliação inicial, os Incrementos Médios Anuais em Altura (IMAH = (ΣHj/Ni)/I), Diâmetro (IMAD = (ΣDASj/Ni)/I) e em CO2 (IMACO2=[ECO2i/ni]/Ii), em que ECO2ij:Estoque de dióxido de carbono (Kg) da i-ésima espécie C; ni número de indivíduos da i-ésima espécie e Ij: Idade do plantio = 4,5 e 5,5 anos. A conversão entre C e CO2 foi realizada utilizando o fator de (44/12). A sobrevivência média geral do plantio com cinco anos e meio foi de 54,2%, com destaque às espécies Peltophorum dubium (100%), Handroanthus chrysotrichus (100%) e Syzygium cumini (94,7%). O IMAH, IMAD e IMACO2 médios foram de 5,26 cm.ano-1, 1,57 mm.ano-1 e 4,07 kg.CO2.ano-1, respectivamente. As espécies com destaque em crescimento foram Inga laurina, Syzygium cumini, Peltophorum dubium e Joannesia princeps. A média geral de sobrevivência do plantio com quatro anos e meio foi de 45,2%, as espécies que mais se destacaram, foram: Schinus terebinthifolius (100%), Cassia grandis (100%) e Sapindus saponaria (85%). As médias do IMAH, IMAD e IMACO2 foram 19,51 cm.ano-1, 7,11 mm.ano-1 e 15,68 kg.CO2.ano-1, respectivamente, no qual as espécies Schizolobium parahyba, Ceiba speciosa, Albizia hassleri e Anadenanthera macrocarpa tiveram os maiores valores para todos parâmetros avaliados. Conclui-se que existem espécies com maior potencial de neutralização de carbono e que, as condições de solo, afetam o seu crescimento. Assim, a identificação de espécies para plantios de acordo com os ambientes a serem recuperados é essencial para o sucesso da neutralização de carbono.
Palavras-chave Restauração, espécies florestais nativas, mudanças climáticas.
Forma de apresentação..... Painel
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