Resumo |
A exposição dos seres vivos a metais pesados, como o arsênio, cádmio, chumbo, cromo VI e níquel pode causar efeitos adversos ao organismo, sendo que, muitas das vezes esses danos podem ser irreversíveis. Nos testículos a exposição a esses metais pode desencadear perda da motilidade, viabilidade e morfologia espermática. O estudo em questão teve como objetivo avaliar a ação dos metais pesados arsenato, arsenito, cádmio, chumbo, cromo e níquel sobre a qualidade espermática, a fim de estabelecer uma ordem de toxicidade. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 7 grupos experimentais (n=10), pesados e mantidos em gaiolas coletivas. Assim, o grupo 1 recebeu 0,7mL de solução salina 0,9% (controle), o grupo 2 recebeu arsenato, o grupo 3 arsenito, o grupo 4 cádmio, o grupo 5 chumbo, o grupo 6 cromo VI e o grupo 7 níquel, todos na dose de 1,5 mg/Kg de peso corporal. Os metais foram administrados por via intraperitoneal, em dose única e os animais foram eutanasiados sete dias após a aplicação. Os animais intoxicados com níquel apresentaram maiores danos espermáticos, como diminuição da motilidade, viabilidade e morfologia. O Cádmio induziu alterações morfológicas e menor concentração de espermatozoides íntegros. O Cromo VI causou redução da morfologia espermática normal e diminuição de espermatozoides com membrana íntegra, associado ao aumento de espermatozoides lesados. Os animais tratados com chumbo apresentaram diminuição quantitativa e na integridade espermática. Adicionalmente, o arsenito também induziu redução no número de espermatozoides, diminuição na integridade de membrana espermática com maior intensidade que o arsenato, sendo assim considerado mais tóxico. As alterações funcionais e morfológicas encontradas neste estudo, podem ser uma resposta inicial induzido pela intoxicação por metais pesados. Com a análise de danos espermáticos, podemos concluir que, nesses parâmetros, a ordem de toxicidade dos metais seguiu a seguinte ordem Níquel > Cádmio > Cromo VI > Chumbo > Arsenito > Arsenato. |