Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11546

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PET
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Raissa Barbosa de Castro
Orientador JULIANA LOPES RANGEL FIETTO
Outros membros Anna Cláudia Alves de Souza, GUSTAVO COSTA BRESSAN
Título Avaliação de antígeno recombinante no diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina por Imunocromatografia
Resumo A leishmaniose visceral canina (LVC) é foco de diversos estudos devido à importância do cão como reservatório do parasito Leishmania. No Brasil, a estratégia de controle da leishmaniose é a eutanásia de cães soropositivos, esta prática é orientada pelo teste rápido DPP®-Biomanguinhos para a triagem e pelo ensaio imunoenzimático (ELISA) como teste confirmatório. No entanto, esses testes apresentam importantes limitações, sendo necessário o desenvolvimento e aprimoramento de novas tecnologias. Assim, foi previamente publicado pelo nosso grupo de pesquisa a aplicabilidade de um novo antígeno recombinante de Leishmania infantum no diagnóstico imunoenzimático da LVC. O objetivo do atual trabalho é o desenvolvimento de um kit de diagnóstico por Imunocromatografia de Fluxo Lateral utilizando este novo antígeno. Essa técnica consiste na realização de ensaios imunológicos em papel e é muito utilizada por ser de baixo custo, rápida e fácil de usar. Para obtenção do antígeno, este foi expresso em sistema bacteriano e purificado por cromatografia de afinidade em FPLC. As frações de purificação foram quantificadas pelo método de Bradford e seu grau de pureza foi avaliado por eletroforese capilar. Foi obtida uma amostra de concentração 693,7 ng/µL e 80,5% de pureza, a qual foi utilizada para avaliar a capacidade de adsorção do antígeno em membranas de nitrocelulose. Para isso, foram preparadas membranas com 1 µg e 2 µg de proteína e estas foram comparadas quando desafiadas por fluxo lateral com tampão sem detergente e com detergente. Cada fita foi desafiada com 100 µL de tampão, sendo estes aplicados em placas de 96 poços. Como controle, foram avaliadas fitas não desafiadas pelo fluxo lateral. Todas as condições foram realizadas em triplicata e, após 30 minutos de fluxo, as membranas foram submetidas à coloração com Ponceau S. Os resultados foram digitalizados e avaliados por quantificação de pixels utilizando o Image Studio Lite. Após a quantificação de pixels, observou-se que tanto nos tratamentos com 1 µg quanto nos com 2 µg, o comportamento dos valores médios foi crescente na ordem ensaios sem detergente (70933,67 px; 101507,00 px), com detergente (119998,33 px; 163645,00 px) e controle sem fluxo (154086,67 px; 214512,50 px). Com isso, conclui-se que a proteína tem boa capacidade de adsorção à nitrocelulose, mesmo quando desafiada com detergente. Essa capacidade a torna aplicável ao diagnóstico por Imunocromatografia de Fluxo Lateral, de modo que deve-se proceder à padronização das condições que garantam a eficiência dessa adsorção em ensaios imunológicos. Concluída essa padronização, o kit de diagnóstico rápido para a LVC poderá proporcionar grande impacto nas perspectivas de controle epidemiológico de Leishmaniose Visceral no Brasil.
Palavras-chave Leishmaniose, Diagnóstico, Imunocromatografia de Fluxo Lateral
Forma de apresentação..... Painel
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