Resumo |
A feira agroecológica e cultural da Violeira surgiu há quatro anos a partir de uma de-manda da comunidade local. Mostrou-se como uma forma de lazer para os moradores aliada à venda de produtos agroecológicos, processados em geral e artesanato. Apesar de ser um pedido da comunidade, o fluxo de pessoas do bairro é muito baixo, sendo o mesmo afastado da área central e com poucos comércios. A feira não foca apenas na venda dos produtos agroecológicos, tendo também bazar, artesanato, oficinas, música ao vivo, espaço para que as crianças possam se divertir e outras atividades culturais, tais como aulas de Tai Chi Chuan. A feira ocorre uma vez por mês em um espaço cedido pela Comunidade Presbiteriana de Viçosa (CPV), tendo parceria com o Centro de Tec-nológicas Alternativas da Zona da Mata (CTAZM), com o curso de Educação Infantil da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e com o Departamento de Economia Doméstica (UFV). Hoje a feira conta com uma bolsista e dois voluntários do curso de Cooperativismo. Em março, iniciamos uma pesquisa para o entendimento da feira, dos visitantes e dos feirantes a fim de fazermos os ajustes necessários nas atividades realizadas. Esta pesquisa consistiu na aplicação de dois questionários, um para os feirantes e outro para os consumidores, usando a metodologia da Escala de Likert, para mensurar a satisfação em pontos específicos. Tal ação foi importante para primeiramente conhecer os feirantes e o que eles almejavam para o futuro do grupo. Em um segundo momento, para entender o que os visitantes desejavam, visto que como consumidores eles iriam ditar o que é necessário para melhorar, o que pode ser mantido e quais os diferenciais da feira para as demais. Esse questionário é aplicado toda feira, e seus resultados são analisados para futuras melhorias. Mensalmente são realizadas reuniões com os feirantes e semanalmente com a comissão coordenadora da feira. O intuito é analisarmos as ações desenvolvidas em grupo e promover melhorias para a feira e também para o próprio grupo. Nela são expostos os pontos positivos e negativos e discutido formas para sanar os problemas. A bolsista e os voluntários, levam ideias, dinâmicas e aplicam técnicas de DRP - Diagnóstico Rural Participativo. O principal problema levantado está relacionado à divulgação da Feira. Foi proposto que a mesma seja feita pelos feirantes, visto que estes sabem onde os potenciais clientes são encontrados. Uma dúvida constante é sobre a constituição de uma cooperativa ou associação com os feirantes, com o intuito de fortalecer cada vez mais o movimento. Com o passar do tempo, percebe-se que o trabalho vai ganhando consistência e isso se dá pela confiança recíproca. Sendo assim, espera-se que através das discussões, consigamos estimar se será possível a constituição ou não de uma cooperativa ou associação que servirá como um meio formal de representação dos associados. |