Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11528

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Israel Silva Vasconcelos
Orientador ALAIR FERREIRA DE FREITAS
Título Juventude, inovação e cooperativismo: Os jovens como agentes de transformação nas cooperativas agropecuárias.
Resumo O cooperativismo pode ser definido como um sistema de ideias, valores e organização da produção de bens e serviços e do consumo, que tem as cooperativas como forma ideal de organização das atividades econômicas. Um dos principais problemas atuais enfrentados pelas cooperativas tem sido o envelhecimento dos associados e a sucessão na gestão, que afeta negativamente os processos de inovação e produtividade, colocando em risco a perenidade da organização. Este problema é ainda maior nas cooperativas agrícolas, devido a variáveis setoriais, como o êxodo rural, a urbanização do campo e a falta de perspectivas para os jovens . Diante de contexto, entendendo a importância estratégica desse tema para o desenvolvimento dessas cooperativas, este trabalho buscou compreender como ele é abordado em cooperativas agropecuárias, quais atividades estão sendo implementadas para engajar os jovens, como esses elementos - juventude, inovação e cooperativismo - se relacionam e porque os jovens podem ser considerados agentes de inovação para impactar positivamente a organização que seu meio familiar está inserido. Para isso operou-se uma Pesquisa bibliográfica, principalmente de estudos de caso sobre práticas aplicadas em cooperativas de diversos setores, e também uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, com aplicação de survey, disperso na internet por meio de listas de contatos ligadas a UFV, alcançando mais de 40 gestores e profissionais da área que atuam diretamente em cooperativas agropecuárias da região Sudeste. Constatou-se que mais de 70% dos profissionais percebem que “às vezes” ou “raramente” as cooperativas acompanham o desenvolvimento tecnológico; 65% indicam que “nunca” ou “raramente” os cooperados são estimulados a pensarem soluções para suas cooperativas; 85% dos dirigentes respondentes afirmaram que “às vezes”, “raramente”, ou “nunca” fazem ações voltadas exclusivamente aos jovens, e quando fazem, na maioria das vezes são palestras; 88% dos dirigentes responderam que há “pouco interesse” por parte dos jovens nas ações realizadas. Na visão dos profissionais da área, para tornar as cooperativas mais inovadoras a organização deve mudar a cultura interna, inserir os jovens no processo de inovação e promover conexões com outras áreas ligadas à inovação. Percebeu-se, assim, que as ações para engajar os jovens nos processos de inovação e na gestão das cooperativas na grande maioria são ações descontínuas e geram desinteresse por parte dos jovens, que não compreendem seu poder de atuação na organização. Conclui-se que a inovação deve partir das pessoas, gerando valor para a cooperativa e que os jovens precisam ser desafiados e terem autonomia, o que deve basear ações educativas e profissionalizantes dentro das organizações. Portanto, um dos principais caminhos para a sucessão é o desenvolvimento de uma cultura de inovação dentro da própria organização, empoderando os jovens como o principal agente de transformação tecnológica.
Palavras-chave Cooperativismo, juventude, inovação
Forma de apresentação..... Painel
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