Resumo |
A família Solanaceae abriga 100 gêneros e cerca de 2500 espécies, sendo encontradas em quase todas as regiões do mundo. Ela possui grande importância econômica devido ao uso de forma ornamental, na alimentação humana e nas indústrias, bem como em questões de saúde pública. Sabe-se que diversas espécies desta família possuem uso medicinal conhecido e amplamente difundido, devido a produção de compostos secundários como alcaloides, esteroides e solasodina. Aureliana é um gênero da família Solanaceae que possui de sete a oito espécies distribuídas pela Ásia, África, Europa e América. No Brasil, a maioria das espécies deste gênero são encontradas nas regiões sudeste e sul, habitando florestas tropicais e subtropicais. A espécie Aureliana velutina é ainda pouco conhecida, não existindo estudos sobre seu potencial medicinal e/ou toxicológico. Dessa forma, o presente trabalho objetivou avaliar os efeitos do extrato etanólico de A. velutina sobre parâmetros biométricos de órgãos reprodutivos masculinos em ratos Wistar adultos. Os animais foram divididos em 6 grupos experimentais: GC: controle, com animais tratados com phosphate buffered saline (PBS), G1000: ratos tratados com 1000 mg/kg do extrato etanólico de A. velutina, e grupos G500 e G250, com animais tratados, respectivamente, com 500mg/kg e 250 mg/kg do extrato etanólico. O tratamento foi feito diariamente por gavagem (600uL) durante 28 dias, o que corresponde há uma exposição aguda como recomendado pela ANVISA. Após o período de exposição, os animais foram eutanasiados (CEUA-UFV nº 82/2018) e os órgãos masculinos foram imediatamente pesados. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre os pesos dos testículos (GC= 1,794 ± 0,03537 g; G1000= 1,77 ± 0,1117 g; G500= 1,791 ± 0,1228 g; G250= 1,749 ± 0,1624 g; P>0,05), do epidídimo (GC = 0,8444 ± 0,1832 g; G1000= 0,6934 ± 0,06132 g; G500= 0,7553 ± 0,08251 g; G250= 0,7132 ± 0,07736 g; P>0,05) e da próstata (GC = 1,093 ± 0,2262 g; G1000= 0,9893 ± 0,1539 g; G500= 0,906 ± 0,04562 g; G250= 0,9878 ± 0,1715 g; P>0,05). Entretanto, na vesícula seminal houve diferença significativa em comparação com o tratamento 500mg/kg e 250mg/kg (GC = 1,542 ± 0,1517 g; G1000= 1,539 ± 0,1667 g; G500= 1,773 ± 0,1822 g; G250= 1,314 ± 0,1891 g; P>0,05). Em conclusão A ação de A. velutina demonstrou não afetar o peso dos testículos, epidídimos e próstata, apresentando uma variação na vesícula seminal destes animais. |