Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11517

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gabriela da Silva Fonte Bôa
Orientador MIRELLA LIMA BINOTI
Outros membros HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO, MARIA INES DANTAS BASTIANI
Título Desenvolvimento de biscoito “tipo cookie” à base de farinha de chia
Resumo A chia (Salvia hipanica L.) é uma semente que possui grandes proporções de ácido linoleico (n-3) e linolêncio (n-6), além de uma elevada quantidade de fibra solúvel. O sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) possui valor nutricional semelhante ao do milho. Sua composição contém um maior teor de amido, proteínas, polissacarídeos não amiláceos e lipídio. Já o milheto (Pennisetum glaucum (L.) R Br.) é uma gramínea rica em vitaminas do complexo B, magnésio, fósforo e ferro, bem como proteínas que são fontes de aminoácidos essenciais tais como metionina e cisteína. Estes alimentos possuem inúmeros benefícios nutricionais, porém, seu consumo ainda é restrito pelos brasileiros. Assim, desenvolver um produto como um biscoito “tipo cookie” é uma opção interessante, já que possui grande aceitação pelo público, é prático para ser consumido e ainda apresenta uma vida de prateleira longa. Logo, o objetivo desse trabalho foi desenvolver biscoitos “tipo cookie” utilizando como ingrediente principal a farinha de chia (Salvia hispanica L.). A formulação do cookie foi baseada em uma “receita padrão” desenvolvidas com outras farinhas, já testada e avaliada sensorialmente no Laboratório de Análise Sensorial e Desenvolvimento de Novos Produtos do Departamento de Nutrição e Saúde (DNS/UFV). As concentrações das farinhas de chia, sorgo e milheto foram definidas por meio de pré-testes. Para análise sensorial foram utilizadas quatro formulações (F1, F2, F3 e F4) sendo F1: 100% farinha de sorgo; F2: 50% farinha de chia e 50% farinha de sorgo; F3: 100% farinha de milheto e F4: 50% farinha de chia e 50% farinha de milheto. A análise sensorial foi realizada em condições laboratoriais e contou com 57 consumidores. Foram avaliados os quesitos: aroma, textura, sabor e impressão global, na mesma seção, por cada consumidor, utilizando escala hedônica de nove pontos. A análise estatística dos dados foi realizada por análise de variância (ANOVA) e teste pos hoc, Tukey a 5% de probabilidade. Foi constatado que todas as formulações tiveram aceitação nos quesitos sensoriais avaliados. As notas médias atribuídas pelos consumidores quanto ao sabor ficaram entre 6 e 7, correspondendo aos termos hedônicos gostei ligeiramente e moderadamente. A formulação F2 obteve melhores pontuações (p<0,05) nos quesitos sabor e impressão global em relação à formulação F1, resultando em média 7 (gostei moderadamente) para ambos os quesitos. Sobre o aroma, apenas as amostras F1 e F3 diferiram estatisticamente (p<0,05), recebendo médias 6 e 7, respectivamente, cujo termo hedônico corresponde a gostei ligeiramente e moderadamente. Quanto a textura, a amostra F1 diferiu das demais, obtendo média 6 (gostei ligeiramente), nota inferior às recebidas pelas amostras F2, F3 e F4. As amostras F3 e F4 não diferiram estatisticamente (p>0,05) em textura, sabor e impressão global. O cookie produzido obteve característica sensorial aceitável, logo, é uma opção viável para o aumento do consumo da chia pelos brasileiros.
Palavras-chave cookie de chia, sorgo, milheto
Forma de apresentação..... Painel
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