Resumo |
A fim de contemplar as necessidades sociais e regulamentar a aplicação dos recursos, a Administração Pública toma parte de ferramentas que auxiliem na correta realização de suas funções e ações, essas denominadas Políticas Públicas. Devido a incapacidade do Estado em contemplar de forma igualitária todas as camadas da população, em auxílio às políticas públicas, o cooperativismo surge como forma de integrar socialmente indivíduos de uma comunidade e ao mesmo tempo amenizar disparidades econômicas e sociais, impulsionando o desenvolvimento local. O presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores que afetam o desenvolvimento, em especial o papel do cooperativismo na promoção do desenvolvimento humano. Foi utilizada a análise de regressão com dados em painel para os anos de 2007 a 2014 e, posteriormente, foram realizados testes de médias para diferenciar o desenvolvimento de municípios com e sem presença de vinculo cooperativo. Em municípios nos quais há a presença de entidades e vínculos cooperativos, notou-se que os indicadores de desenvolvimento tendem a ser também maiores e significativos, e embora não se possa afirmar categoricamente que a presença de estabelecimentos cooperativos tenha influência direta nos níveis de desenvolvimento do município onde estão inseridos, a relação é suficiente para inferir sobre efeitos, no mínimo, indiretos ou agregadores. Percebe-se que as cooperativas têm cumprido seus papéis, dentre os quais está o de modificar para melhor a realidade tanto social quanto econômica do local onde está inserida. A significativa melhora dos indicadores estudados faz com que seja visível a necessidade de implementação de políticas que visem fortalecer e aumentar ainda mais a presença de estabelecimentos cooperativos no país. Concluiu-se que, devido a seu expressivo alcance econômico e social, o cooperativismo é um modelo que deve ser incentivado pela administração pública, em razão de seus efeitos diretos e indiretos sobre o bem-estar socioeconômico. |