ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Graduação |
Modalidade |
Pesquisa |
Área de conhecimento |
Ciências Humanas e Sociais |
Área temática |
Ciências Humanas |
Setor |
Departamento de Ciências Sociais |
Conclusão de bolsa |
Não |
Primeiro autor |
Fernanda Aparecida de Almeida |
Orientador |
VICTOR LUIZ ALVES MOURAO |
Outros membros |
Amanda de Andrade Sant' Anna, Ana Carolina dos Santos Macedo, Clebson Manoel dos Santos, Tayna Braga Marques de Souza Rosa |
Título |
Ascensão e Transformação das Mulheres no Sertanejo: Uma Resposta a Cultura Tradicional |
Resumo |
Um dos aspectos principais da transição do século XX para o XXI foi o advento da Internet e, consequentemente, a difusão das mídias e informações. A partir dos anos 2000 se tornou cada vez mais fácil receber diversos estímulos audiovisuais através da Internet. O acesso às músicas passou a ser mais fácil e no sertanejo houve uma grande virada, o estilo raiz se transformando em sertanejo universitário devido às mudanças da vida cotidiana rural e desta estar sendo composta por questões da vida urbana. Mesmo enfrentando resistências as mulheres começaram a compor esse espaço respondendo as músicas dos cantores que compunham letras machistas. As perguntas deste trabalho se deram em busca da compreensão de como se deu a ascensão das mulheres dentro do sertanejo; como as letras desse meio musical mudaram; e como as transformações estéticas das artistas entre os anos de 2000 a 2018. Pretende-se identificar quais foram as principais mudanças ocorridas e quais foram os influenciadores para que as mesmas ocorressem, tendo ainda como intenção demonstrar os papéis que as mulheres assumem, ou em que são colocadas, observando a influência da indústria cultural nesse processo. Destaca-se o movimento de ascensão onde as mulheres passaram a cantar como forma de dar uma resposta à uma cultura machista e promover a exaltação da mulher. Tem-se como metodologia uma análise comparativa das letras de músicas de artistas homens, que demonstrem o conteúdo machista presente nestas, e as respostas das mulheres com o seu empoderamento. Também foi feita uma análise imagética das cantoras para verificar o quando o perfil destas foi modificado. Como resultado percebe-se que a presença de mulheres no sertanejo desde a década de 1940, com letras voltadas para romances e vida rural; a partir de 2010 as letras começaram a tratar da autonomia e empoderamento feminino. A ressignificação das letras está ligada a constante mudança e adaptação do sistema, que se molda conforme a lucratividade e uma ampliação dos espaços conquistados pelas mulheres. A interação social antes padronizada pelo machismo passou a ser reconfigurada nas letras, colocando as mulheres como dominantes da situação. Pela análise imagética observamos que as cantoras foram se transformando dentro dos atuais padrões que a sociedade impõe, o perfil anterior das poucas mulheres deste meio musical relacionadas ao sertanejo caipira não mais está presente, agora seus estilos estão bem próximos ao das cantoras pop, que tem há algumas décadas um grande público. Conclui-se que o sistema é integrado e tende a se ressignificar pelo fato das interações sociais, já que sua finalidade é sempre o lucro. A indústria cultural se mantém tão forte pois está em constante modificação para integrar o sistema e absorver as suas necessidades, o que neste caso é o aumento das pautas por igualdade de gênero, desdobrando-se na ascensão das mulheres dentro desse meio musical. |
Palavras-chave |
Sertanejo e indústria cultural, feminismo, ressignificação |
Forma de apresentação..... |
Painel |