Resumo |
Introdução: feridas que exibem problemas de cicatrização, como feridas agudas e crônicas, geralmente não progrediram nos estágios normais da cicatrização. A cicatrização de ferida cutânea é um processo complexo, dividido em três etapas complementares: inflamatória, proliferativa e maturação. Compreende o intenso recrutamento de leucócitos para a área da ferida, detritos de matriz celular e extracelular e sínteses de moléculas como citocinas e quimiocinas (Xie, et al. 2013, Bueno, et al. 2016). A fase proliferativa acontece com a proliferação e migração de fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos; assim como formação de tecido de granulação (Bueno, et al. 2016, Rosa, et al.2014)). Sabe-se que falhas no recrutamento e função de leucócitos prejudicam o processo de cicatrização ( Hsu A, Mustoe T, 2014, Xing W, et al. 2015). Nesse caminho, o desenvolvimento de drogas e tratamentos alternativos que favoreçam a migração durante as fases inflamatória e proliferativa podem melhorar o reparo de feridas cutâneas. Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito cicatrizante da pomada a base de Strychnos Pseudoquina bem como sobre os marcadores oxidativos e enzimas antioxidantes no processo de reparo cutâneo em ratos Wistar. Materiais e métodos: foram utilizados 30 ratos Wistar (302,23 ± 26,23g) os quais foram mantidos em gaiolas com alimento e água ad libitum. Três feridas cutâneas (12mm de diâmetro) foram criadas no dorso dos animais e divididas aleatoriamente em 5 grupos: Sal (solução salina a 0,9%), VH (veículo pomada) e SS (sulfadiazina de prata); ES5: Pomada a base de S. pseudoquina (5%); ES10: Pomada a base de S. pseudoquina (10%). As aplicações foram feitas diariamente durante 21 dias e os tecidos de diferentes feridas foram removidos a cada 7 dias. Fragmentos de tecido foram homogeneizados e o sobrenadante foi usado para análise de malondealdeído bem como proteínas carboniladas, além da análise de proteínas antioxidantes, superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Resultados: os animais dos grupos ES5% e ES10% apresentaram uma área da ferida menor nos dias 7, 14 e 21 quando comprado aos demais grupos. Os níveis de MDA e proteínas carboniladas foram menores no tratamento com ES10 no dia 7. Os níveis de SOD foram maiores no grupo ES10, durante todo o período experimental, e os níveis de CAT foram elevados no dia 7 no grupo ES10. Conclusão: nossos resultados indicam que a aplicação tópica do extrato de S. pseudoquina nas concentrações de 5 e 10% promove um reparo cutâneo mais rápido. Porém, a concentração de 10% do extrato mostrou maior eficácia principalmente na ação antioxidantes. |