Resumo |
Introdução: A síndrome metabólica (SM) é o distúrbio metabólico mais comum na população que predispõe de eventos cardiovasculares e pode estar relacionado a um prognóstico ruim de atividades físicas e baixa capacidade funcional em idosos. O objetivo desse estudo foi avaliar a interferência da síndrome metabólica na capacidade funcional e risco de queda em população idosa. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com 126 idosos, 58 com SM e 68 sem SM, classificados segundo os critérios da International Diabetes Federation. Foram utilizados os questionários: Índice de Katz, Índice de Tinetti, Timed up and Go test e Berg Scale. A escala Falls Efficacy Scale-International foi utilizada para avaliar o medo de cair (FES-I-Brasil). Para análise estatística, foram utilizados os testes de correlação de Mann-Whitney, Qui-quadrado e Spearman. Resultados: O índice de Katz mostra que 98,3% (n=57) do grupo SM eram independentes e apenas 1,7% (n=1) parcialmente dependentes; no grupo sem SM todos eram independentes. O teste de Tinetti revelou que mais de 94,8% dos participantes do grupo SM tiveram baixo risco de queda e no grupo sem SM foi semelhante (97,1%). No IPAQ, 62,1% dos idosos com SM são insuficientemente ativos, enquanto apenas 45,6% dos idosos sem SM têm a mesma condição. A Escala de Berg mostrou que não havia risco em 98,3% (n = 57) dos idosos na SM e 98,5% no grupo sem SM (n=67). O teste TUG revelou que o grupo SM teve maior risco médio de queda (31%) comparado ao grupo não-SM (14,7%). O teste da FES-I Brasil mostrou que 20% dos idosos do grupo SM tinham medo moderado a extremo de cair e apenas 10% dos idosos do grupo não-SM apresentaram a mesma preocupação. Comparando os escores dos testes Tinetti, Berg Scale, FES-I Brasil e TUG, entre os grupos com e sem SM, foram encontradas diferenças significativas entre os dois grupos na avaliação de equilíbrio e marcha, no medo de quedas e na capacidade funcional. Conclusão: Pacientes idosos com SM apresentaram maior risco e medo de quedas quando comparados aos pacientes sem SM. No entanto, não houve variação na capacidade de andar ou equilíbrio. |