Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11452

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Solos
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jéssica Neves de Carvalho
Orientador CARLOS ERNESTO GONCALVES REYNAUD SCHAEFER
Outros membros Daví do Vale Lopes, Fábio Soares de Oliveira, Yuri Laranja Silva
Título Relações solo-paisagem em topossequência da Península President Head, Antártica Marítima
Resumo Introdução: Estudos recentes sobre relações solo-paisagem na Antártica sugerem que
processos químicos em climas frios são mais importantes do que apresentado
anteriormente. As propriedades dos solos oferecem informações relevantes para uma
melhor compreensão do funcionamento dos ecossistemas terrestres antárticos. Os
registros de aumento da temperatura na Antártica Marítima e o aumento da pressão
antrópica na região ao longo dos últimos anos gera preocupação em relação a preservação
ambiental. A região tem grande potencial para estudos associados a impactos das
mudanças climáticas sobre o permafrost e ecossistemas relacionados. As mudanças no
clima interferem diretamente nos solos, nas geoformas e processos associados. Objetivo:
Este trabalho teve como objetivo analisar as relações solo-paisagem em uma
topossequência da Península President Head, Antártica Marítima. Material e Métodos:
Utilizou-se quatro perfis representativos em uma topossequência da Península President
Head, localizada na Ilha Snow, Antártica Marítima. Os perfis foram classificados de
acordo com a Soil Survey Staff (2013). Realizou-se coletas e descrições morfológicas em
pontos georreferenciados. As amostras foram secas, destorroadas, tamisadas (2 mm),
separada a “terra fina seca ao ar” (TFSA) e posteriormente submetidas a análises físicas
e químicas seguindo procedimentos consolidados na pedologia de acordo com a
EMBRAPA. Resultados e Discussão: Identificou-se Gelisol no platô e Entisols nos
terraços marinhos. Os solos localizados nos terraços são mais arenosos (chegando a 85%
de areia), em contra partida no platô o solo chega a ter 21% de argila. Os terraços
marinhos da Península President Head podem ser compartimentados em: terraços
soerguidos, vegetados e não vegetados. A acidez (pH < 4,7), distrofismo (V < 40%) e alta
saturação por Al (m chegando a 42%) justificam a ausência de vegetação em partes do
terraço marinho. O solo do platô apresenta os menores teores de fósforo (P). Este nutriente
é essencial para as plantas e na Antártica está muito associado a áreas de ocupação da
fauna, a qual tende a se concentrar em partes mais baixas da paisagem. Conclusões:
Observou-se fortes associações entre os solos e suas posições paisagísticas. No platô da
Península foi registrado maior desenvolvimento do solo e marcante presença de processos
típicos de ambientes periglaciais (crioturbação e processos associados a dinâmica do
permafrost). Os terraços marinhos apresentam solos mais jovens, menos estruturados,
mais arenosos, pobres em nutrientes e saturados em alumínio. A fauna Antártica exerce
papel significativo na melhoria das propriedades destes solos. O entendimento dos fluxos
hídricos horizontais e verticais ajudam a compreender sobre o afloramento hídrico no
platô e sobre a abundância da vegetação em parte dos terraços.
Palavras-chave terraços marinhos, guano, Holoceno
Forma de apresentação..... Oral
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