ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Agrárias |
Área temática | Ciências Agrárias |
Setor | Departamento de Solos |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Jéssica Neves de Carvalho |
Orientador | CARLOS ERNESTO GONCALVES REYNAUD SCHAEFER |
Outros membros | Daví do Vale Lopes, Fábio Soares de Oliveira, Yuri Laranja Silva |
Título | Relações solo-paisagem em topossequência da Península President Head, Antártica Marítima |
Resumo | Introdução: Estudos recentes sobre relações solo-paisagem na Antártica sugerem que processos químicos em climas frios são mais importantes do que apresentado anteriormente. As propriedades dos solos oferecem informações relevantes para uma melhor compreensão do funcionamento dos ecossistemas terrestres antárticos. Os registros de aumento da temperatura na Antártica Marítima e o aumento da pressão antrópica na região ao longo dos últimos anos gera preocupação em relação a preservação ambiental. A região tem grande potencial para estudos associados a impactos das mudanças climáticas sobre o permafrost e ecossistemas relacionados. As mudanças no clima interferem diretamente nos solos, nas geoformas e processos associados. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar as relações solo-paisagem em uma topossequência da Península President Head, Antártica Marítima. Material e Métodos: Utilizou-se quatro perfis representativos em uma topossequência da Península President Head, localizada na Ilha Snow, Antártica Marítima. Os perfis foram classificados de acordo com a Soil Survey Staff (2013). Realizou-se coletas e descrições morfológicas em pontos georreferenciados. As amostras foram secas, destorroadas, tamisadas (2 mm), separada a “terra fina seca ao ar” (TFSA) e posteriormente submetidas a análises físicas e químicas seguindo procedimentos consolidados na pedologia de acordo com a EMBRAPA. Resultados e Discussão: Identificou-se Gelisol no platô e Entisols nos terraços marinhos. Os solos localizados nos terraços são mais arenosos (chegando a 85% de areia), em contra partida no platô o solo chega a ter 21% de argila. Os terraços marinhos da Península President Head podem ser compartimentados em: terraços soerguidos, vegetados e não vegetados. A acidez (pH < 4,7), distrofismo (V < 40%) e alta saturação por Al (m chegando a 42%) justificam a ausência de vegetação em partes do terraço marinho. O solo do platô apresenta os menores teores de fósforo (P). Este nutriente é essencial para as plantas e na Antártica está muito associado a áreas de ocupação da fauna, a qual tende a se concentrar em partes mais baixas da paisagem. Conclusões: Observou-se fortes associações entre os solos e suas posições paisagísticas. No platô da Península foi registrado maior desenvolvimento do solo e marcante presença de processos típicos de ambientes periglaciais (crioturbação e processos associados a dinâmica do permafrost). Os terraços marinhos apresentam solos mais jovens, menos estruturados, mais arenosos, pobres em nutrientes e saturados em alumínio. A fauna Antártica exerce papel significativo na melhoria das propriedades destes solos. O entendimento dos fluxos hídricos horizontais e verticais ajudam a compreender sobre o afloramento hídrico no platô e sobre a abundância da vegetação em parte dos terraços. |
Palavras-chave | terraços marinhos, guano, Holoceno |
Forma de apresentação..... | Oral |