Resumo |
Introdução: A segurança do paciente é um princípio fundamental do cuidado em saúde e uma preocupação global. A falta de conhecimento dos profissionais de Enfermagem é responsável por grande parte dos eventos adversos em saúde, fazendo-se necessário o investimento em programas de educação permanente como método eficaz para sua prevenção. Dentre as práticas de educação permanente, destaca-se a simulação, essa metodologia reproduz cenários que simulam a prática, em um ambiente controlado e realista, no qual tem-se a oportunidade de participar ativamente, refletir e avaliar os processos. Objetivo: Avaliar o uso da simulação na construção de competências na prática profissional da equipe de enfermagem. Metodologia: Participaram do estudo profissionais de enfermagem de um hospital filantrópico do município de Viçosa-MG. As oficinas de educação permanente aconteceram no período de agosto a dezembro de 2018, no hospital, em dias e horários de acordo com a disponibilidade dos profissionais e escala elaborada pela coordenação do serviço de Enfermagem. As oficinas foram realizadas em três etapas: aplicação de pré-teste com questões relacionadas ao tema do treinamento para avaliar o conhecimento prévio do profissional, realização das simulações e aplicação do pós-teste com as mesmas questões. Nas simulações recriaram-se cenários com materiais, equipamentos e pacientes padronizados. Os temas das oficinas estavam relacionados à prática cotidiana dos profissionais de Enfermagem. Resultados: Foram realizadas vinte oficinas com os técnicos e auxiliares e cinco oficinas com os enfermeiros. A média de participantes das oficinas entre os profissionais de nível técnico foi 9,8 e dos enfermeiros 14,4. Realizou-se estatística descritiva, teste de Shapiro-Wilk para normalidade e de Wilcokon para comparação de médias de amostras relacionadas. A seguir serão apresentadas as oficinas e as médias do pré e pós-teste, respectivamente: Oficina 1 - Segurança na administração de medicamentos e administração de medicamentos por via intramuscular e subcutânea, 10,86 e 13,94; Oficina 2 - Punção venosa e cuidados com acesso venoso periférico, 16,18 e 17,95; Oficina 3 - Administração de medicamentos por outras vias, 9,57 e 13,73; Oficina 4 – Oxigenioterapia, 10,32 e 13,49; Oficina 5 – Curativo, 15,80 e 19,20. Nas práticas realizadas com os enfermeiros, notou-se que a média de acertos no pré e pós-teste foi, respectivamente: Oficina 1 - Sinais vitais, 17,71 e 22,43; Oficina 2 - Exame físico de regulação neurológica, 11,50 e 14,50; Oficina 3 - Exame físico de oxigenação, 17,56 e 20,81; Oficina 4 - Exame físico cardiovascular, 13,38 e 16,53; Oficina 5 - Exame físico de nutrição e eliminação, 8,86 e 12,75. Todas as médias foram estatisticamente significativas (p<0,05). Conclusão: Esses resultados indicam que a simulação é uma metodologia capaz de construir competências na prática profissional de enfermagem e que a educação permanente é necessária para atualizar os conhecimentos em saúde. |