Resumo |
O presente trabalho visa apresentar à comunidade e à academia uma atividade promovida pelo projeto Residência Pedagógica da UFV. O projeto realiza ações nos campis de Viçosa e Florestal, sendo este trabalho desenvolvido na cidade de Viçosa. Em comemoração ao Dia Mundial do Brincar (28/05), o projeto de lei 4.160 de agosto de 2018 estipula a Semana do Brincar, que ocorrerá, a partir de 2019, sempre na última semana de maio. Consoante à esta iniciativa, nós, enquanto residentes do projeto, realizamos com os alunos da Escola Municipal Professor Pedro Gomide Filho uma semana de atividades com construção de brinquedos e resgate de brincadeiras antigas como pula-corda, cabra cega, piques e dobraduras. A partir das reflexões acerca da importância das atividades lúdicas na infância, objetivamos encaminhar ações a fim de resgatar o espírito livre e espontâneo das brincadeiras infantis, por vezes perdido no cotidiano escolar. As atividades envolveram alunos do 3º, 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, e contou com a coordenação da preceptora do núcleo. Foram cinco dias de trabalho, visando a participação de todos os alunos, e os resultados foram fantásticos. A criatividade dos alunos na construção de brinquedos foi surpreendente, e ultrapassou nossas expectativas. Os alunos construíram brinquedos usando materiais recicláveis e, utilizamos esses materiais, que geralmente vão para o lixo, como forma de trabalhar a imaginação e a criatividade ao criarmos os brinquedos. Essa é uma forma de conscientizá-los sobre a reutilização do lixo e, ao mesmo tempo, propagar a diversão. Com a intensa movimentação na escola, as crianças motivaram-se a participar e observamos que todas as crianças interagiram e criaram suas próprias formas de brincar e se divertir. Planejamos a Semana do Brincar a fim de proporcionar momentos de diversão e despertar nas crianças o prazer resultante do movimento, da interação com os colegas, da espontaneidade e da imaginação. Num momento onde as brincadeiras infantis saíram do corpo e foram para as telas dos smartphones, é extremamente importante que as escolas estejam atentas à essas mudanças e trabalhem no sentido de resgatar o valor das antigas formas de brincar, cientes de que elas propiciam desenvolvimento não só físico, mas intelectual, afetivo e social. No simples ato de brincar a criança conhece o mundo e a si mesmo, aprende a se expressar, a interagir, a respeitar regras, a superar seus próprios limites e a usar sua criatividade. É impensável deixar que isso se perca com o tempo. |