Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11420

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Química
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Julia Stockl Miranda
Orientador RITA DE CASSIA SUPERBI DE SOUSA
Outros membros Ana Luísa Saraiva Souza
Título Perfil de ácidos graxos do óleo da amêndoa de baru (Dipteryx alata vog.) extraído com solventes alternativos ao hexano: etanol e isopropanol
Resumo O Brasil é formado por seis biomas, dentre eles o Cerrado, que tem como destaque uma espécie nativa de grande importância, o barueiro (Dipteryx alata vog.), da família Fabaceae. Seu fruto, o baru, é formado por uma casca fina e escura, polpa e uma amêndoa dura e comestível. Este é fonte de carboidratos, proteínas, lipídios e minerais. Da sua amêndoa extrai-se um óleo com alto grau de insaturação que tem potencial para o preparo de alimentos. A sua fração lipídica é composta pelos ácidos oleico, linoleico, palmítico, esteárico e outros. A extração do óleo de baru é feita tradicionalmente por prensa mecânica, por ser uma operação simples e barata, porém os subprodutos ainda contem elevado teor de lipídios, o que restringe seu uso. O método de extração por solventes se torna uma alternativa, a fim de se obter maior rendimento e ser viável comercialmente. O hexano é o solvente mais utilizado por ter alta estabilidade, estreita faixa de ebulição e baixo teor residual nas tortas, porém possui alta inflamabilidade, maior toxicidade, custo e potencial poluidor, que justificam o estudo de solventes alternativos, como exemplo, etanol e isopropanol. O presente trabalho objetiva a extração do óleo da amêndoa de baru e caracterização deste quanto ao perfil de ácidos graxos, investigando o uso de solventes alternativos ao hexano: etanol e isopropanol. As extrações ocorreram em equipamento Sohxlet durante 5 horas. A composição de ácidos graxos foi realizada por cromatografia gasosa a partir da análise dos ésteres metílicos. A fração lipídica foi submetida à metilação dos ácidos graxos, saponificados com KOH, acidificados com HCl 0,8 mol L-1 e esterificados com H2SO4 0,2 mol L-1 em metanol. A análise foi realizada em cromatógrafo gasoso (GC 2010, Shimadzu, Japão), com injetor split, coluna capilar de sílica fundida SP-2560 (100 m x 0,25 mm x 0,20 µm), com gás de arraste nitrogênio, fluxo de 10 mL x min-1, volume de injeção de 1 µL, pressão de 363 kPa, rampa de aquecimento linear de 60 °C para 330 °C a 20 °C min-1. Para a identificação dos ácidos graxos, comparou-se os tempos de retenção dos picos dos cromatogramas das amostras com padrões puros de ésteres metílicos (FAME's). A quantificação foi realizada pela normalização de área, expressando-se o resultado em percentual de área de cada ácido sobre a área total de ácidos graxos (%). Os óleos extraídos com os solventes hexano, etanol e isopropanol, apresentaram as seguintes composições, respectivamente: C16:0 (palmítico) (7,01 %; 8,56 % 7,07 %), C18:0 (esteárico) (4,68 %; 5,40 %; 4,52 %), C18:1 (oleico) (48,35 %; 48,78 %; 49,98 %), C18:2 (linoleico) (28,02 %; 27,19 %; 28,30 %). O óleo de baru apresentou um alto grau de insaturação, principalmente constituído pelos ácidos oleico e linoleico, os quais não se diferenciam de forma significativa conforme o solvente utilizado. Assim, é possível concluir que a substituição dos solventes alternativos ao solvente hexano se mostrou eficaz.
Palavras-chave cromatografia gasosa, lipídios, extração sólido-líquido.
Forma de apresentação..... Painel
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